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Pai chama atenção ao enviar e-mail para colégio da filha

"Caro diretor, eu devo chamar atenção para um incidente sério que aconteceu ontem no seu colégio, onde a minha filha Ruby é aluna no 7º ano"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 dez 2017, 18h44 - Publicado em 8 dez 2017, 18h36
 (Reprodução/Twitter/Veja SP)
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Atividades extracurriculares são sempre muito divertidas — quando os alunos podem escolher o que fazer, claro. No “Dia das Meninas e dos Meninos” do colégio Dubbo West Public School, na Austrália, no entanto, a história é um pouco diferente: segundo um e-mail da escola, meninas ganhariam “um fabuloso penteado e maquiagem leve” na data comemorativa, enquanto os meninos iriam a uma loja de ferramentas e a um almoço com churrasco.

A comemoração chamou atenção de Stephen Callaghan, pai de Ruby, uma das alunas do colégio. “A minha reação foi de decepção“, contou o homem ao Bored Panda. Segundo ele, a filha questionou a professora se, no lugar de ir ao cabeleireiro com as outras meninas, ela poderia ir à loja de ferramentas, mas a troca não foi autorizada. “A professora disse que era apenas para meninos“.

Inconformado, Stephen decidiu escrever uma carta para o colégio criticando, com muito bom humor, os passeios. “Caro diretor, eu devo chamar atenção para um incidente sério que aconteceu ontem no seu colégio. Quando a Ruby foi para a escola ontem o ano era 2017, mas quando ela retornou para casa era 1968“, começa a mensagem escrita pelo paizão.

Eu sei que este é o caso porque a Ruby me informou que ‘meninas’ do 7º ano foram encaminhadas para a biblioteca do colégio para arrumar o cabelo e encontrar a manicure na segunda-feira à tarde, enquanto os ‘meninos’ iriam para uma loja de ferramentas. Vocês poderiam procurar por uma fenda no espaço-tempo contínuo nos edifícios do colégio? Talvez haja um capacitor de fluxo defeituoso escondido no banheiro das meninas

Estou ansioso para que este problema seja resolvido para que minha filha e outras meninas do colégio sejam devolvidas a este milênio, onde as atividades das escolas não são divididas entre gêneros“, finalizou o pai de Ruby na carta — ele compartilhou a mensagem no Twitter na quarta (6), onde o tuíte já acumula mais de 7 000 curtidas e foi retuitada 2 300 vezes. Confira: 

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Após a repercussão do caso, Stephen falou sobre a polêmica: “Eu sinto que é responsabilidade do colégio quebrar essas divisões de gênero“, disse. O homem é pai de três meninas e, por este motivo, ficou ainda mais irritado com a atitude da instituição. Ele e a mulher querem dar às filhas do casal “a confiança para falar e questionar quando elas sentem que estão sendo discriminadas por serem mulheres”.

E o que Ruby acha da carta? Após a repercussão do caso, a jovem consegue ver o humor e a triste realidade da mensagem — e ficou feliz que Stephen encaminhou a mensagem ao colégio. “A Ruby e eu gostaríamos de agradecer os comentários e apoio. Aos 12 anos de idade, minha filha está começando a perceber que há várias pessoas preparadas para dizer o que ela pode ou não fazer baseado apenas no fato de que ela é mulher. Ela gostaria que isso mudasse. E eu também“.

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Dê sua opinião: E você, o que achou da história compartilhada por Stephen? Deixe seu comentário e aproveite para curtir a nossa fanpage no Facebook.

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