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Após ultrassom, mulher descobre que gravidez é um tumor

A jovem de 26 anos descobriu que sofreu uma gravidez molar; agora, ela quer usar sua experiência para conscientizar outras pessoas sobre a enfermidade rara

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 ago 2017, 18h25 - Publicado em 30 ago 2017, 18h15
 (Reprodução/The Daily Mirror/Veja SP)
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Siobhan McFarlane foi ao hospital animada. Na consulta, ela faria o ultrassom do bebê de apenas 12 semanas que estava esperando com o marido, Alexander. Durante o exame, no entanto, a mulher de 26 anos de idade recebeu uma notícia assustadora: o que ela carregava na barriga era, na verdade, um tumor. A jovem sofreu uma gravidez molar, quando um feto não é formado corretamente e não se desenvolve, transformando-se em um crescimento anormal de células na região do útero.

Ela tive que enfrentar uma cirurgia para retirar a célula cancerígena — uma operação semelhante a um aborto espontâneo. Após o procedimento, Siobhan ainda passou por cinco meses de quimioterapia e recebeu alta dos médicos no mesmo dia em que o segundo filho da família nasceria. Agora, a jovem está compartilhando sua história angustiante para conscientizar outras pessoas. Afinal, ela nunca tinha ouvido falar da rara doença antes de perder o bebê.

Nós estávamos muito empolgados com o ultrassom. Iríamos ver o nosso segundo bebê pela primeira vez. Nós realmente queríamos dar um irmãozinho ou irmãzinha para James!“, revelou a mulher, falando sobre o filho mais velho.

Eu cheguei ao hospital com o Alexander e a enfermeira colocou o aparelho na minha barriga e disse ‘me desculpe, mas não há nenhum bebê’“, relembrou Siobhan. “Eu podia ver na tela, era como se alguém tivesse soprado várias bolhas no meu útero. Foi tão estranho“, desabafou ao The Daily Mirror.

Nós fomos encaminhados a uma sala. Pediram que nós esperássemos. Um especialista revelou que eu tive uma gravidez molar. O meu primeiro pensamento foi ‘o que diabos é isso?’. Eu nunca tinha ouvido falar sobre isso. Eu não conseguia entender o conceito. Eu tinha até uma barriga de gravidez. Pensar que nós iríamos ver o nosso bebê e, ao contrário, eu recebi a notícia de que estava doente. Foi devastador. Eu perdi um filho e ganhei um tumor horrível. Foi assustador“, desabafou a mulher.

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Eu estava tão magoada e, para piorar tudo, eu precisei voltar para fazer uma cirurgia e retirar a célula cancerígena. É a mesma operação que eles fariam para remover um feto, é horrível“.

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Após a cirurgia, Siobhan pode retornar para casa, mas voltou ao hospital apenas uma semana depois por causa de uma hemorragia. Exames mais profundos revelaram que ela teria que fazer cinco semanas de quimioterapia para parar com o crescimento anormal de células em seu corpo. A jovem foi liberada em abril de 2017.

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Siobhan e Alexander decidiram aumentar a família em agosto de 2016. Algumas semanas depois, ela começou a suspeitar de uma gravidez. O primeiro teste deu negativo, mas o segundo, feito alguns dias depois, mostrou um resultado positivo.

O casal manteve a gestação em segredo e a mulher, que teve uma primeira gravidez muito tranquila, começou a experimentar náuseas severas. Apesar de suspeitar que algo estava errado, a mãe revelou que nada poderia prepará-la para o diagnóstico da gravidez molar. “Eu achei estranho que meu primeiro teste de gravidez veio negativo, mas quando o segundo deu positivo, eu creditei o primeiro a um falso negativo — esse tipo de coisa acontece“.

A mulher não se deixou abalar pela doença, no entanto, e está aproveitando a oportunidade para conscientizar as pessoas sobre gravidez molar. “Receber alta foi uma sensação estranha. Eu recebi a ligação do meu médico apenas alguns dias antes da data do nascimento do meu filho e foi um lembrete horrível do que eu perdi. Eu estava saudável, mas não estava trazendo meu bebê para casa“, disse. “Hoje eu sei que, se eu conhecesse a gravidez molar, eu teria ido aos médicos antes. Eu não teria ficado doente por tanto tempo e poderia não precisar de quimioterapia“.

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Se eu puder conscientizar e impedir que outras pessoas passem pelo o medo de ser diagnosticada com algo que eles nunca ouviram falar, então tudo terá valido a pena“, desabafou a mulher ao The Daily Mirror.

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