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Mãe perde visão, audição e sensibilidade durante cesariana

"Eu não tinha ideia do que estava acontecendo", desabafou a mulher após o procedimento que salvo a vida de seu filho, hoje com 7 meses de idade

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 abr 2017, 19h25 - Publicado em 19 abr 2017, 18h58
 (Arquivo Pessoal/Veja SP)
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Kacey Butterworth, de Canberra, na Austrália, estava pronta para ter o seu segundo filho. O parto seria realizado na água, como planejado. No entanto, as intenções da jovem de 23 anos de idade deram muito errado: com 39 semanas de gravidez, ela deu entrada no hospital ao acreditar que sua bolsa tinha estourado. Os médicos, no entanto, descobriram algo que colocava a vida da criança em risco.

A bolsa de Kacey estava intacta, mas o bebê estava na transversal, o que impedia um parto natural, e seus batimentos cardíacos estavam baixos demais. “Porque o bebê estava de lado, se a minha bolsa tivesse rompido, o cordão umbilical teria descido antes da cabeça da criança. Os médicos disseram que se isso tivesse acontecido o cordão poderia ter sido esmagado, o que mataria o feto e traria sérias consequências para a minha saúde também“, contou a mulher ao The Daily Mail.

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Após ouvir os fatos, Kacey e seu marido, Tim, optaram por uma cesariana. “Nós estávamos exaustos“, desabafou a mulher. Ela deu entrada no hospital num domingo e, a princípio esperaria para fazer o procedimento. O plano, no entanto, mudou novamente quando o coração do bebê caiu para 57 batimentos por minutos. A equipe médica então se apressou para fazer a cirurgia. Os cirurgiões aplicaram uma raquianestesia, mas a mulher ficou muito doente e acabou sofrendo com uma rara reação à anestesia.

Quando você está sob o efeito de uma anestesia geral, você recebe a máscara de gás, que te coloca para dormir e, na sequência, você recebe o medicamento que ajuda a desacelerar os órgãos para o procedimento. O contrário aconteceu comigo. A raquianestesia me deixou mais elétrica. Ela chegou até o meu cérebro e, com isso, meus pulmões desaceleraram“, revelou a mulher. “Isso também explica por que eu perdi a minha visão e a minha audição, ou por que eu conseguia sentir tudo o que acontecia da cintura para baixo, mas não para cima. Eu me senti no inferno“, desabafou.

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A reação começou quando Kacey sentiu uma pequena dor na sua perna. Na sequência, ela perdeu sua visão e também sua audição. Com o seu corpo tremendo incontrolavelmente, ela tinha dificuldades para respirar e começou a vomitar — os médicos precisaram colocá-la sob o efeito de outros anestésicos para controlar a situação. “Eu estava tão assutada. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo. Começou com uma dor na minha perna que subiu para o meu braço. Parecia que alguém estava me esfaqueando“, revelou.

A minha visão ficou borrada e a minha audição também começou a ficar dispersa. Eu estava enjoada, e o meu coração começou a acelerar. Meu peito parecia que estava sendo esmagado contra a mesa da cirurgia. Eu entrei em pânico porque não conseguia respirar. Eu achei que estava morrendo“, disse. “Eu então ouvi alguém gritar ‘código vermelho’ e que eu precisava ser colocada sob anestesia geral imediatamente. Eles colocaram a máscara no meu rosto, dizendo que tudo ficaria bem“, contou Kacey.

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Cerca de uma hora depois, a mulher acordou e uma enfermeira revelou que ela poderia conhecer o bebê: “Eu honestamente estava tão aliviada. Eu não consigo nem colocar o sentimento em palavras. Apenas sentir a pele dele e olhar para aquele pequeno humano que eu e meu marido criamos foi incrível“, ela contou ao The Daily Mail. “Quando eles me colocaram sob o efeito da anestesia geral, eu não sabia o que aconteceria. Então segurá-lo e saber que nós dois estávamos bem, foi o melhor sentimento do mundo“.

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Um anestesista explicou o que aconteceu com Kacey após o susto. Ela teve uma reação alérgica extremamente rara: “A chance de algo assim acontecer é de 0,086 %. Pode acontecer novamente? Talvez. Mas é muito improvável que sim, mas sempre há uma pequena chance“. O pequeno Isaac agora tem 7 meses de vida e tem a saúde perfeita: “Eu não posso culpar a atenção nem a experiência do time que me atendeu no hospital. O tratamento durante e após o parto foi incrível e eu agradeço cada um deles por salvar a vida do meu filho“.

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