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Jovem de 26 anos dá à luz embrião doado congelado há 24 anos

"Honestamente, eu tinha medo que o procedimento não desse certo. Eu não quero um recorde mundial, eu quero um filho", contou a mãe sobre o procedimento

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 dez 2017, 17h42 - Publicado em 20 dez 2017, 17h34
 (Reprodução/The Daily Mail/Veja SP)
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Tina Gibson, de 26 anos de idade, deu à luz uma menina pra lá de especial: a filha da mulher e do marido, Benjamin, nasceu de um embrião doado que ficou congelado por 24 anos — quase a idade da nova mamãe. A pequena Emma Wren foi concebida e fertilizada em 1992, mas o embrião foi congelado em vez de ter sido implantado.

O casal optou pela doação de embriões por não poder dar à luz naturalmente por causa de uma fibrose cística de Benjamin. Foram ao Centro National de Doação de Embriões, em Knoxville, Texas, nos Estados Unidos. Em março de 2017, o embrião congelado foi transferido para o organismo da mulher em um procedimento idêntico ao de uma gravidez in vitro.

No dia 25 de novembro, após uma gravidez de 40 semanas, sem contratempos, Tina deu à luz naturalmente, sem nenhum anestésico, num parto de 24 horas. Relembrando a situação, o casal do Tennessee diz que eles ficaram muito felizes ao descobrir que poderiam adotar um embrião. Mas foi apenas na manhã do procedimento que descobriram que o embrião implantado em Tina foi o que passou mais tempo congelado na história — 24 anos. Antes dele, um embrião ficou congelado por 19 anos e alguns meses.

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A idade do embrião deixou os pais preocupados: “Honestamente, eu tinha medo que o procedimento não desse certo. Eu não quero um recorde mundial, eu quero um filho!“, relembrou Tina ao The Daily Mail. O marido, no entanto, ficou fascinado pela história do óvulo fecundado. “Eu tenho apenas 25 anos de idade… eu e ela poderíamos ter sido amigos“, filosofou a mulher.

Tina e Benjamin se conhecerem na igreja e namoraram por toda a adolescência da jovem. Eles se casaram há sete anos, quando Tina tinha 19 e o rapaz, 26 anos. A dupla casou-se cedo porque a expectativa de vida do rapaz é por volta dos 30 anos de idade e os apaixonados não queriam perder tempo. Como problemas de fertilidade são constantes para quem tem fibrose cística, eles decidiram adotar. Começaram a procurar orfanatos em 2015 e receberam mais de 12 crianças em apenas um ano.

Em maio, em um bate-papo com o pai de Tina, o casal descobriu sobre a adoção de um embrião: “Eu disse que parecia uma ideia bacana, mas que nós estávamos decididos sobre a adoção“, relembra a mulher. “Eu e o Ben sabemos desde o começo do nosso namoro que, se nós fossemos começar uma família, nós não teríamos nossos próprios filhos. Nós fizemos as pazes com essa realidade estávamos felizes e empolgados por adotar o nosso primeiro filho, nós adoramos receber essas crianças em casa. Então eu disse ‘bacana, mas não’“.

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Após muitas pesquisas e leituras, no entanto, o casal optou pela adoção. O procedimento foi um sucesso: “Eu não faço ideia do porquê de ter feito isso. Não foi por nenhum motivo em particular e eu não recomendo a experiência para ninguém“, contou a mulher. Agora, a família se prepara para o primeiro Natal juntos: “É emocionante ver que embriões que foram congelados há 24 anos usando técnicas antigas podem resultar em um desenvolvimento perfeito“, filosofou Benjamin.

Questionada se ela faria o procedimento novamente, Tina disse que não está apressada para passar pelo processo do parto novamente: “Mas eu tenho certeza que vou sentir falta de ter bebês em casa nos próximos anos. Emma tem irmãos, há vários embriões com o mesmo DNA que ela. Nós adoraríamos tê-los também!“, explicou. O casal também garante que irá dividir com a menina sua origem inusitada: “Claro que iremos! É uma história incrível. É um milagre!“. 

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