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Bruna Marquezine rebate comentário de seguidor após ofensa

A atriz foi uma das celebridades que usaram seu perfil nas redes sociais para homenagear Marielle Franco após o assassinato da vereadora no Rio de Janeiro

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 mar 2018, 10h25 - Publicado em 16 mar 2018, 10h04
 (Reprodução/Instagram/Veja SP)
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Bruna Marquezine foi uma das muitas celebridades que homenagearam Marielle Franco após o assassinato da vereadora na quarta (14), no Rio de Janeiro. A atriz compartilhou uma série de três fotos em seu perfil no Instagram relembrando o trabalho da política do PSOL e também falando sobre os 7 anos de guerra na Síria. Mas nem todos os seguidores ficaram felizes com a manifestação de solidariedade e revolta da famosa.

A Marielle não pode ser só mais uma. Não pode ser só mais um ano de guerra na Síria. Todas essas vidas não podem apenas virar estatística, elas não são só um número. Eu não consigo e nem quero pensar em algo mais grave que possa acontecer, aqui no nosso país ou no mundo. Esse tem que ser o limite. Chega de tolerar o inaceitável. A crueldade do ser humano continua me surpreendendo, mas ainda não conseguiu acabar com a minha esperança e nem com a minha humanidade. Ainda bem“, desabafou a atriz na mensagem em três partes publicada on-line. Confira: 

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“QUE TEMPOS SÃO ESTES, EM QUE TEMOS QUE DEFENDER O ÓBVIO?” (Bertold Brech) LUTO POR MARIELLE. Por mais uma voz que foi calada. Por mais uma mulher negra que foi assassinada. Mulher que lutava contra o preconceito, contra a desigualdade social. Mãe, de favela, batalhadora, lésbica, feminista, idealista, defensora dos direitos humanos, socióloga, vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, a quinta mais votada aliás. Líder instruída, inteligente, humana. Foi executada com 4 tiros na cabeça, quando saía justamente de um debate que falava das conquistas das mulheres negras. Executada porque, numa sociedade injusta como a nossa, ela conquistou muito, voou alto e falou demais. Crime racista. Feminicídio. Eu não sou negra, nem nasci na favela. Nunca serei capaz nem de imaginar o tamanho da luta dessa mulher, e de tantas outras, mas não preciso ter a mesma cor de pele da Marielle pra defender todas suas causas, pra lutar por mais igualdade, pelos direitos das mulheres na sociedade, pelos direitos das mulheres no poder. E sei que muitos homens e mulheres também se solidarizam e que a luta da Marielle não foi em vão, a voz dela se multiplica hoje potentemente por todo o país. LUTO POR ANDERSON também, que estava fazendo seu trabalho e acabou sendo vítima desse crime covarde. LUTO PELO RIO DE JANEIRO, PELO BRASIL, PELA NOSSA SOCIEDADE. Também fomos assasinados, de várias formas. NÃO É COMOÇÃO SELETIVA. Essa execução é uma AMEAÇA a todas as vozes que gritam a verdade, que batalham diariamente por mudança. É pra mim o retrato do FIM DA DEMOCRACIA no Brasil. É a confirmação de que no nosso país, as minorias e as pessoas honestas realmente não têm vez. E fica a pergunta: quem matou Marielle? Mais do que apenas uma pergunta, uma exigência. Exigimos que os criminosos sejam descobertos com eficácia e exemplarmente punidos. Exigimos justiça! E continuaremos lutando pela democracia! Coragem pra seguir! #mariellepresente #lutopormarielle #lutoporanderson 1/3

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E infelizmente, pra entristecer ainda mais nossos corações, HOJE completa mais um ano de GUERRA NA SÍRIA. SETE ANOS DE GUERRA. Sete anos de perseguição, de bombardeios, confrontos, mortes, de fome e miséria. Sete anos desse apocalipse planejado e executado por pessoas com interesses tão obscuros. Sete anos desse horror. O único horror maior do que essa guerra, é saber que nós, em pleno século XXI, era das redes sociais, onde temos acesso fácil a informação, em tempo real, escolhemos ignorar esse holocausto. Vivemos todos no mesmo planeta, estamos todos conectados! Enquanto soubermos que em algum do mundo mulheres e crianças estão sendo mutiladas, que famílias estão vendo suas casas sendo bombardeadas, que pessoas estão tendo que deixar seu país sem nada, enfrentando jornadas que apresentam perigos inimagináveis, que algumas estão vivendo há sete anos em tendas ou containers, morrendo de fome e frio, TEREMOS QUE AGIR! Isso é problema nosso sim! É problema de todo cidadão do mundo. “Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de ser feito.” (Albert Camus) Não dá mais pra ver a imagem de um pai desesperado carregando seu filho morto nos braços, buscando ajuda e abrigo e não fazer nada. A postura da humanidade diante dessa guerra é vergonhosa, não estamos fazendo o que podemos para ajudar as pessoas que estão lá, e nem as que, por um milagre, conseguem chegar até nós. E também não estamos pressionando nossos líderes e os líderes do mundo todo para que façam algo. Eu sei que é difícil ver tanta dor e tanta tristeza. Eu sei que muitas vezes sentimos uma impotência esmagadora que nos desanima e a idéia de paz parece ser inatingível. Eu sei também que muitas vezes fechamos os olhos diante de tanta desgraça que acontece no mundo só porque precisamos enfrentar mais um dia com um sorriso no rosto. Eu muitas vezes já fiz isso, e me envergonho porque sei que não podemos nos acomodar e colocar nossas questões rasas e banais na frente dos reais problemas. Sejamos menos egoístas. Nós não podemos nos acostumar com tanta barbárie. (Continua no próximo post 2/3) #siriaseteanos #lutopelasiria #direitoavida #direitoapaz #refugees #prayforsyria

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(Continuação 3/3) A Marielle não pode ser só mais uma. Não pode ser só mais um ano de guerra na Síria. Todas essas vidas não podem apenas virar estatística, elas não são só um número. Eu não consigo e nem quero pensar em algo mais grave que possa acontecer, aqui no nosso país, ou no mundo. Esse tem que ser o limite. Chega de tolerar o inaceitável! A crueldade do ser humano continua me surpreendendo, mas ainda não conseguiu acabar com a minha esperança e nem com a minha humanidade. Ainda bem. Que o tamanho dessas tragédias, não seja maior que a nossa força para lutar. Que sejamos capaz de honrar todas essas vidas perdidas. Vamos! JUNTOS! Mesmo com medo, mesmo abalados. O luto se faz necessário, mas não adianta nada! É preciso reagir! Mas reagir embasados no amor, buscando conhecimento, agindo com sabedoria. O ódio e a falta de conhecimento nos trouxeram até aqui e não vão nos levar a lugar algum. Vamos à luta, vamos atrás de mudança, vamos exigir nossos direitos, vamos resistir, persistir, mas com AMOR. Só o amor pode mudar o mundo, e a falta dele também. #LUTO #AMOR #PAZ #JUSTIÇA

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Vamos à luta, vamos atrás de mudanças, vamos exigir nossos direitos, vamos resistir, persistir, mas com amor. Só o amor pode mudar o mundo, e a falta dele também“, finalizou a atriz. Nos comentários, um internauta criticou o posicionamento de Marquezine: “Mais uma idiotizada da Globo. Ô povinho que gosta de se promover às custas dos outros. Oportunistas. Sim, oportunistas! Não quero crer que essa futura atriz tenha de fato compartilhado esse pensamentos imbecis dos autores dos textos!“, escreveu o rapaz.

Marquezine, no entanto, não deixou barato e responde à altura: “Quanta agressividade, Lucca. Para que tentar me ofender? Só porque você não concorda com a minha maneira de pensar? Exponha sua opinião de maneira educada aqui, respeitando a minha. Ou então use sua página e sua voz para isso. Não é preciso atacar ninguém. Não precisamos de maios ódio e de mais violência“. Confira: 

bruna-marquezine-rebate-seguidor-03

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