Spencer Amereno Jr. deixa o premiado Frank Bar, no Hotel Maksoud Plaza
O bartender, que foi considerado três vezes o melhor da cidade por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER, já tem um novo destino profissional
Uma história de sucesso se encerrou na última sexta (31). O bartender Spencer Amereno Jr., que transformou o decadente bar no lobby do Hotel Maksoud Plaza em um dos melhores destinos etílicos da cidade, deixou o premiado Frank Bar depois de cinco anos.
“Não estava mais estimulado em continuar trabalhando ali”, me contou Spencer por telefone. “Eu ganhava muito bem lá, mas prefiro continuar em um lugar em que ganhe menos, mas esteja animado. Fui perdendo a autonomia”, resume.
Aberto em 2015, o Frank venceu a categoria bar de drinques na mais recente edição do guia VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER em 2019 e levou o troféu de melhor carta de drinques em 2016, pela mesma publicação. Ainda pelo guia anual da revista, Spencer foi eleito o bartender do ano em 2012, 2014 e 2016. Além do Frank, ele passou pelo Isola Bar, no Shopping JK Iguatemi, e pelo saudoso MyNY Bar, que ficava no Itaim Bibi.
O Frank Bar está sem operar desde 17 de março. Durante a quarentena, Spencer diz ter trabalhado de casa, de onde escreveu uma apostila, o Manual Tático de Reabertura de Bares, e projetou a venda de coquetéis engarrafados que está rolando no Maksoud.
Entrei em contato com o hotel e perguntei sobre o retorno do bar do lobby. A resposta veio por meio de nota. “A equipe está preparando o Frank Bar para a retomada das atividades, mas ainda não temos uma data definida. Apenas quando for permitido pelas autoridades o funcionamento no período noturno iremos reabrir.”
Novos ares
Spencer não saiu do Frank sem proposta para um novo projeto. Agora faz parte do grupo DRK, de João Paulo Warzee, que comanda os bares Fortunato (Vila Mariana), Caulí (Jardim Paulistano), Olívio e Mule Mule (ambos na Vila Madalena). O bartender vai cuidar de um espaço “pequenininho” de coquetelaria, ainda sem data de abertura.
Em paralelo, vai cuidar do balcão do Caulí, que só vai reabrir quando os estabelecimentos de rua puderem operar no horário noturno. “Nessa nova fase, recuperei o tesão [na profissão]”, revela Spencer. Enquanto conversávamos por celular, o craque das coqueteleiras se encaminhava a uma praça da região do Sumarezinho para treinar o manuseio de garrafas com elegâncias, exercício que tem feito duas vezes por dia. “Quero ficar cada vez melhor.” Mesmo para quem chegou lá, o aperfeiçoamento nunca é demais.
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