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Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos
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Rabo Di Galo: como é visitar o bar do luxuoso hotel Rosewood

Concorrida, a casa tem música ao vivo e releituras de coquetéis de boteco. Leia a crítica

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Atualizado em 22 jul 2022, 11h39 - Publicado em 22 jul 2022, 06h00
ambiente
Salão: pinturas do artista Cabelo no teto (Clayton Vieira/Veja SP)
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O bar do hotel de luxo Rosewood são Paulo, o Rabo Di Galo, é um copo sempre cheio: vive concorrido e não aceita reservas. Mesmo quem chega antes de a casa abrir — o que acontece às 18h — tem grandes chances de ter de aguardar mais de uma hora por uma mesa. Enquanto espera, boa parte do público, que gosta de usar vestido e salto alto (elas) e camisa de botão (eles), curte se fotografar no lobby — os ambientes têm a direção artística do designer francês Philippe Starck.

Vale prestar atenção aos avisos e ligações das recepcionistas, para saber se sua vez chegou. E não hesite em verificar, de vez em quando, o andamento da fila — pode acontecer de uma delas, nem sempre muito cordial, se esquecer de checar se há um assento disponível.

Passado o perrengue chique, é hora de ser conduzido ao salão de pouca iluminação, mesas baixas e teto escuro e curvo, pintado com ondas em amarelo e vermelho, tal qual cobra-coral, pelo artista visual Cabelo. Um monitor nos fundos exibe imagens de chamas flamejantes, que faz as vezes de lareira, e, no maior estilo quarto de adolescente, instrumentos musicais, alguns deles indígenas, estão cuidadosamente espalhados pelo espaço. a música, aliás, é um elemento sempre presente — conjuntos de jazz e brasilidades costumam tocar ali, em detrimento dos papos mais intimistas.

Ainda que muitos grupos e casais prefiram tomar um vinho, sobretudo nas noites frias, a atração principal é a lista de drinques da bartender Ana Paula Ulrich, que conta com o auxílio de uma equipe muito afiada e matéria- prima de primeira. A carta tem preços altos, que começam em R$ 55,00, e mescla clássicos e autorais.

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drique claro com gelão
Rabo di galo: cachaça envelhecida em jaqueira, vermute seco com goiabas branca e vermelha, vinho sauternes e bitter aromático, servido junto de gelatina de cachaça (Clayton Vieira/Veja SP)

O coquetel de pé-sujo que batiza o bar, feito tradicionalmente de pinga, vermute tinto e/ou Cynar, é ressignificado em duas requintadas recriações: de cachaça ao jequitibá-rosa, rum, vermute tinto, Fernet Branca e bitter aromático (R$ 75,00), mais encorpada, e do destilado envelhecido em jaqueira, vermute seco com goiabas branca e vermelha, vinho sauternes e bitter aromático (R$ 75,00), com um atraente fundinho da fruta, servida junto de gelatina de cachaça.

Outro destaque líquido se chama missa da meia-noite (R$ 75,00), mistura de uísque escocês com infusão a frio de manteiga, cachaça, Campari e xarope avinagrado de abacaxi. É perfumado com um spray de uísque defumado, tem um agradável dulçor e alguma complexidade, servido com ovinhos de codorna.

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O siskando R$ 75,00), de uísque single malte com jerez fino condimentado e água tônica, precisa de ajustes. Intenso e açucarado, merecia um pouquinho mais de sutileza. O cardápio mastigável, que era quase todo de frango, está em mutação. a versão à passarinho provada na visita saiu do menu. Para comer, restaram croquetas de camarão (R$ 74,00, quatro unidades).

Avaliação: BOM (✪✪✪)

Rabo Di Galo
Rua Itapeva, 435 (Rosewood São Paulo), Bela Vista, ☎ 3797-0500
Das 18h até 1h.
Tem acessibilidade.
rosewoodhotels.com.

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Veja o cardápio:

rabodigalo

 

 

 

 

 

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Publicado em VEJA São Paulo de 27 de julho de 2022, edição nº 2799

 

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