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Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

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O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos
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‘Marvada pinga’: 4 dicas para quem não gosta de cachaça

Confira recomendações de bartenders e especialistas sobre o destilado nacional para quem quer se iniciar no mundo da caninha

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 14h25 - Publicado em 12 set 2019, 17h27

Vez ou outra, alguém me diz: “não gosto de tomar cachaça, é muito forte, me dá dor de cabeça, passo mal”. Faz sentido. Tem muita pinga ruim à venda do mercado. Mas, por outro lado, tem muita coisa boa também.

Esse post é para quem quer dar uma chance à caninha, um orgulho nacional que tem até um dia comemorativo para ela: 13 de setembro. Pedi a especialistas indicações de boas cachaças para aqueles que dizem não gostar da bebida começarem a tomá-la.

Em geral, são recomendações de rótulos mais suaves ou que lembram outras bebidas, como o uísque. Falei com Carolina Corrêa Bastos, do Jiquitaia, Paulo Leite, ex-proprietário do Empório Sagarana, e com os bartenders Laércio Zulu e Derivan de Souza.

Lembro que bebericar uma dose de cachaça é uma experiência. Nada de virar o copinho goela baixo, tomar por tomar. Estamos falando de álcool. Vale sempre a máxima de que menos é mais — e alterne com água. “Tome poucos goles e entenda a história da bebida”, recomenda Derivan.

Confira as dicas:

Carolina Corrêa Basto: anfitriã do Bar do Jiquitaia (Ligia Skowronski/Veja SP)

CAROLINA CORRÊA BASTOS, do Bar do Jiquitaia

O que beber? Guaraciaba Premium Ouro, uma cachaça mineira que passa oito anos por barris de amburana.

Por quê? “Particularmente, amburana é a madeira que menos gosto, mas, para quem está se iniciando no mundo do destilado, ela deixa a cachaça mais docinha em geral.”

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Onde encontrar? A garrafa de 670 mililitros é vendida na Solution (tel. 3062-5183) por 75 reais. No Bar do Jiquitaia, dá para provar a dose por 15 reais.

O mestre Derivan de Souza: valorização das versões envelhecidas (Alexandre Battibugli/Veja SP)

DERIVAN DE SOUZA, bartender do Blue Note e organizador do Concurso Nacional de Rabo de Galo

O que beber? Sebastiana Duas Barricas, envelhecida por dois anos em barril de castanheira brasileira e mais dois em barril de carvalho americano. Tem 40% de volume alcoólico.

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Por quê? “As pessoas que não gostam de cachaça costumam ter outra bebida de predileção, um vinho, um scotch, alguma bebida que passa por barril de carvalho. Para essa pessoa, indicaria uma cachaça envelhecida nessa madeira, que fica mais suave, mais tranquila. A Sebastiana é espetacular e macia. Para os iniciantes, indico que a tomem com duas pedrinhas de gelo a dose.”

Onde encontrar? No site do Extra, sai por 427 reais (700 mililitros).

O bartender Laércio Zulu: experiência com o destilado (Divulgação/Veja SP)

LAÉRCIO ZULU, bartender consultor

O que beber? Da Quinta Amburana, produzida em Carmo (RJ), que passa um ano em contato com amburana.

Por quê? “No dia a dia na barra [balcão], indico normalmente versões envelhecidas em amburana, que tem nota adocicada que lembra mel, castanha e um leve ‘toffee’ [caramelado], especialmente na Da Quinta.”

Onde encontrar? No site Cachaçaria Nacional, a garrafa de 500 mililitros custa 103,70 reais.

Paulo Leite: já foi dono de um bar especializado na bebida (Divulgação/Divulgação)

PAULO LEITE, especialista em cachaça e consultor

O que beber? A alagoana Caraçuípe Prata, de Campo Alegre, com 40% de teor alcoólico.

Por quê? “Para quem acha que a bebida é muito bruta, indico cachaças mais delicadas, como a Caraçuípe, que tem uma versão envelhecida em jequitibá-rosa, superdelicada. Também indico sempre ter um petisquinho para acompanhar. O que mais combina é o caju. Corte o caju, ponha um pouco de sal e coma um pedaço enquanto bebe. Dá uma apaziguada.”

Onde encontrar? A garrafa de 750 mililitros custa 50 reais mais o frete pelo site da cachaçaria (engenhocaracuipe.com.br). Também é distribuída em empórios em São Paulo pela Multifoods, empresa na qual Leite é gestor de marcas.

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