Por Amor mistura clima de boteco raiz com cozinha criativa na Barra Funda
O bar estreante combina petiscos modernos, cervejas e atmosfera descontraída, na vizinhança de linha férrea. Leia a crítica

Em um cenário único, o Por Amor é um boteco instalado em frente à linha do trem na Barra Funda. Foi montado por donos da balada vizinha Galpão Quina com sócios dos bares Galo e Caso, em Pinheiros, além de outras casas.

O som das locomotivas sobre os trilhos convive com o das conversas da galera de 30 e poucos anos que, em pé ou sentada, beberica nas calçadas dos dois lados da via. Com aparência de boteco raiz, a parte interna tem caixas de cerveja espalhadas e uma bancada de azulejos terracota.
Mas não se engane: em vez do aparente improviso, o ambiente foi montado com o auxílio de um escritório de arquitetura. Mesmo assim, impera ali o clima informal com um sofá e poucas mesas — algumas delas colocadas na área externa.
No meio do furdunço, os pedidos são feitos no caixa ou por garçons. as cervejas em garrafa (a partir de R$ 19,00, 600 mililitros) são entregues na hora, e os drinques e petiscos são levados por atendentes até o cliente (como não há muitos assentos, é bom que você avise sua “geolocalização” e não saia do ponto combinado).
O drinque compadecida (cachaça com infusão de casca de abacaxi, vermute seco com infusão de coco tostado e angostura; R$ 30,00) foi servido diluído além do ideal na visita, ao passo que a batida de pé de moleque (R$ 15,00) estava muito boa, no ponto.
Da cozinha aberta, são emitidas boas pedidas moderninhas pensadas por Julia Klein, que além de modelo, é chef. Da brasa, vem o coração de galinha, macio e com gostinho da marinada de gochujang, alho, gengibre e açúcar (R$ 37,00).
O trio de acompanhamentos é composto de vinagrete de milho tostado, salada de batata e farofa de cebola. Pastéis como o de picadinho de carne (R$ 20,00 a dupla média) deixam a experiência de boteco ainda mais gostosa.
Avaliação: BOM (✪✪✪)
Por Amor
Rua Luigi Greco, 222, Barra Funda. Não tem telefone (35 lugares). 18h/23h30 (sex. até 0h30; sáb. a partir das 16h e até 0h30; dom. 14h/22h; fecha seg. a qua.). Tem acessibilidade. Aberto em 2025.
Publicado em VEJA São Paulo de 10 de outubro de 2025, edição nº 2965.
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