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O perfume virou sorvete. Essa é a impressão que se tem na nova Sorveteria Granado, surgida em janeiro no Rio de Janeiro e prestes a chegar em São Paulo. “Muitos ingredientes naturais que são muito presentes nas nossas fragrâncias também estão presentes nas comidas”, observa Sissi Freeman, diretora de marketing e vendas da Granado, marca de perfumes e cosméticos que se envereda, temporariamente, pela gastronomia.
Bossa, por exemplo, é colônia, hidratante, sabonete e, agora, também um sorbet de leite de coco com cocada de maracujá. O rosa damascena, por sua vez, é tanto um sucesso dentro do frasco quanto (em terras cariocas, por enquanto) na casquinha, elaborado com geleia de morango ao toque de água de rosas. Couro e chá-preto com bergamota são outras inspirações.
Um total de dez variedades inspiradas em aromas da marca poderão ser provadas a partir de quarta (8) na capital paulista. Com ambientação retrô, a sorveteria terá dois endereços dentro de lojas da grife: na Rua Oscar Freire, 1141, e no Shops Jardins — a previsão inicial é de que as casas de São Paulo durem até julho, assim como a de Ipanema, que operaria até março, a princípio.
Os gelados são produzidos pela marca carioca Sorvetiño, que fornece seus produtos a restaurantes da capital fluminense e acaba de montar um ponto físico em Copacabana. Para as unidades paulistanas, fabricam duas novas pedidas baseadas em lançamentos da Granado: esplendor (leite com fava de baunilha e calda de caramelo salgado) e fervo intenso (cacau com toques de cachaça e Cointreau).
O preço é 18 reais (copo) e 25 reais (casquinha), e quem consumir receberá 15% de desconto no perfume, caso queira um — no caminho inverso, quem adquirir um frasco ganhará uma bola na faixa. As vendas de fragrâncias na loja com sorveteria do Rio, de acordo com a companhia, cresceram mais de 100% no verão, em relação ao mesmo período no ano anterior.
A união entre perfumaria e gastronomia aparece também na marca O Boticário. Anexa à loja conceito de Pinheiros, a nova unidade da cafeteria Amor Espresso apresenta um menu de drinques, alcoólicos ou não, que remetem aos itens das prateleiras. “É uma tendência mundial”, acredita Sissi. “Quanto mais impactados em ou- tros sentidos (que não apenas o olfato), maior a chance de encantamento e de gerar uma recordação positiva na memória do consumidor.”
Publicado em VEJA São Paulo de 3 de maio de 2024, edição nº 2891
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