Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

Com ar nostálgico, o Escarcéu é um boteco de paredes cor-de-rosa parcialmente forradas de azulejos pintados de verde. Ocupa, desde dezembro, o térreo de um edifício dos anos 1950 na região central e pertence ao grupo de sócios do Goela Bar, na Vila Madalena, do qual faz parte o especialista em cerveja Edu Passarelli, que já tocou endereços como o saudoso Melograno.

A bebida, aqui, não faz a linha especial ou artesanal. É aquela de boteco mesmo, em garrafas de 600 mililitros, das marcas Beck’s, Colorado Ribeirão Lager, Original, Spaten e Stella Artois (de R$ 16,00 a R$ 19,00). Uma boa alternativa, o chope vem da paulistana Camale Brewery, nas versões pilsen e american IPA (R$ 19,00 e R$ 25,00 o copo de 450 mililitros).

Também para umedecer a garganta, a caipirinha de caju com limão-siciliano (R$ 24,00) ficaria melhor com cachaça branca e não com a envelhecida, que mascara o gosto das frutas. O menu de comes traz petiscos como o tremoço (R$ 12,00) e a empada de frango à mostra na vitrine, de massa frágil (R$ 9,00).

Palmito em papel de pão em bandeja de metal — Pastel de palmito: um dos petiscos do Escarcéu (Ligia Skowronski/Veja SP)

Vêm da cozinha o bolinho de mortadela (R$ 27,00, oito unidades), com um pouquinho de muçarela dentro, pequeno e saboroso, e o pastel de palmito (R$ 10,00), no tamanho do de feira, com uma boa massa quebradiça e recheio de bom tempero, um acerto. Quem busca uma refeição encontra, ainda, pratos como o estrogonofe (R$ 47,00). Um ponto a melhorar é o serviço, vez ou outra desatento.

Avaliação: BOM (✪✪✪)

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Escarcéu
Rua Santa Isabel, 149, Vila Buarque. Não tem telefone
Das 12h até 15h e das 18h até 0h (sábado sem intervalo; fecha domingo a terça)
Instagram @escarceubar
Aberto em 2022

Veja o cardápio: