Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda Por Saulo Yassuda O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha desde 2014. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos
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Um bar promissor, A Barra fecha as portas definitivamente

O endereço da Barra Funda, que teve um ano de funcionamento, propunha a harmonização de coquetéis e drinques

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 15h14 - Publicado em 26 mar 2021, 16h35
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  • Teve uma vida muito curta o A Barra, que não voltará após a reabertura dos estabelecimentos gastronômicos ser permitida na cidade. O bar de coqueteleria e boa comida, que ficava na Rua Barra Funda, teve apenas um ano de existência e operou somente oito meses por conta das restrições da pandemia.

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    “Logo após nossa inauguração, em 15 de março de 2020, veio a primeira onda da pandemia. Voltamos só em julho”, lamenta o sócio Juglio Ortiz, que tocava o endereço com a chef Nora Brass. “Não tivemos o congelamento de nenhuma conta. A principal era a da Enel. Somos pequenos, e o preço da  luz estava batendo de 1200 a 1500 reais. Cortaram. Isso foi a gota d’água.”

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    O bar era muito promissor. Me surpreendi para o bem quando visitei a casa, um espaço simples numa rua escura — que já foi badalada, num passado não muito distante — e embarquei na proposta de harmonizar drinques com comida. Atrás do balcão, Juglio fazia coquetéis criativos e cheios de equilíbrio, e Nora se dedicava às comidinhas, muito bem pensadas.

    Drinque de soju, melão, pepino e salsão: vai ficar na memória
    Drinque de soju, melão, pepino e salsão: vai ficar na memória (Romero Cruz/Veja SP)

    Guardo na memória o coquetel do destilado coreano soju com melão, pepino, salsão, limão, açúcar e um traço de absinto branco, com uma espuminha de aquafaba, provado junto da banana-da-terra grelhada ao curry verde de cevadinha ao tucupi sobre folhas tostadas de alho-poró. Fiquei de visitar o A Barra para provar a nova carta, mas, infelizmente, a quarentena não deixou.

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    “Se fosse num tempo normal, abrir um bar ia ser uma experiência maravilhosa, mas, numa situação pandêmica, foi frustrante. Conhecemos muita gente, absorvemos muita informação, mas ver todo seu investimento indo água abaixo em um ano é difícil”, diz Juglio. “O governo poderia ter feito mais por nós, donos de restaurantes, mas deixou os pequenos morrerem.”

    Juglio Ortiz e Nora Brass: à frente do estabelecimento
    Os sócios do A Barra: um ano de existência (Romero Cruz/Veja SP)

    No esquema família vende tudo, os sócio estão desovando os itens do bar.  “Tem muito equipamento grande: freezer, máquina de gelo, ar-condicionado. Pelo menos vai nos ajudar a liquidar as dívidas”, diz Juglio. Os contatos podem ser feitos pelo Instagram @segureabarra.

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    Eu e o editor Arnaldo Lorençato falamos mais sobre a pior crise da gastronomia nos últimos tempos na matéria de capa da Vejinha. Você pode ler aqui.

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