Híbrido entre peça e festa, ‘Máquina’ faz crítica social com atores nus
O novo trabalho do Teatro da Pombagira ocupa o Teatro Mars, na Bela Vista, que não recebia uma montagem há vinte anos
Um híbrido de peça, performance e festa, Máquina, o novo trabalho do grupo Teatro da Pombagira, ocupa o Teatro Mars nas segundas e terças do mês. O local, fundado por Lilian Breda — que inclusive faz parte do elenco —, não recebia uma montagem em suas instalações fazia vinte anos.
Em uma atmosfera de galpão abandonado, vinte atores nus expõem seus corpos e suas indignações. Uma sequência de ações acontece em frente ao público, que se movimenta de acordo com a encenação: uma lataria velha de carro despenca no chão, frutas são atiradas e pessoas flutuam no ar, por exemplo. O espetáculo surgiu com base em um estudo desenvolvido pelo atual diretor Marcelo D’Avilla em conjunto com o anterior, Marcelo Denny, que morreu em 2020. repleta de críticas sociais implícitas, a peça propõe reviver o Teatro Mars, em uma referência ao luto individual e coletivo sofrido durante a pandemia. É necessário chegar com pelo menos meia hora de antecedência (150min). 18 anos.
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Teatro Mars. Rua João Passalaqua, 80, Bela Vista, ☎ 3101-8917. ♿ Seg. e ter., 20h (nos dias 20 e 21 não haverá apresentação). R$ 40,00 a R$ 100,00. Até 28/6. teatrodapombagira.art.
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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de junho de 2022, edição nº 2793