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Por Juliene Moretti
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Em São Paulo, Spotify inaugura ‘Casa de Música’ para artistas mulheres

A iniciativa, que será realizada em uma casa na zona oeste, permitirá a 24 artistas mulheres de diferentes estilos musicais que possam gravar seus singles

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 1 jul 2019, 18h15 - Publicado em 1 jul 2019, 18h13

O Spotify anunciou a inauguração da Casa de Música Escuta as Minas. A iniciativa, que será realizada em uma casa na zona oeste de São Paulo, permitirá a 24 artistas mulheres de diferentes estilos musicais que possam gravar seus singles.

De acordo com o Spotify, foram selecionadas mulheres com a carreira em ascensão para que possam criar, produzir e gravar músicas dentro da própria casa. Ainda segundo a plataforma, o local conta com estúdio completo, sala de mixagem, espaço para workshops, eventos e audições.

As 12 primeiras artistas escolhidas foram 1LUM3, Ni Munhoz, Bárbara Amorim, LUDI, Bibi Caetano, Souto MC, Marujos, Urias, Nina Oliveira, Samantha Machado, The Monic e Luana Marques.

Em setembro, serão abertas inscrições para outras 12 mulheres entrarem na casa e passarem pelo mesmo processo.

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As participantes da Casa de Música Escuta As Minas poderão trabalhar ao lado de nomes como Lahn Lahn, Mahmundi e Florência Akamine, na área de mixagem e masterização, a técnica de som Bia Paiva e as engenheiras de som Lilla Stip e Allyne Cassini.

As participantes, além da convivência entre si, também terão a oportunidade de participar de workshops, eventos, shows e rodas de debate durante seu período na casa.

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Pra que todos que trabalham com música sejam livres para criar, independentemente do gênero com o qual se identificam. Esse é o desejo. Não é a realidade hoje. Porque as oportunidades ainda não são iguais. A Casa de Música Escuta As Minas abre suas portas em SP pra ser parte de um movimento que quer mudar este cenário. Durante 6 meses, 24 artistas, 12 produtoras, 6 estrelas da música e dezenas de mulheres vão passar pela Casa. Nesse espaço pra compartilhar, aprender e ouvir, serão produzidas 24 músicas – uma por semana. "Sonho meu, sonho meu…" A Dona Ivone Lara sempre sonhou com o samba, mas seu sonho teve que esperar o casamento, os filhos e até a aposentadoria. Uma mulher negra no samba, na posição que não a de sambar, era raro. Ainda é. Ela compôs antes, mas foi só em 1977 que passou a se dedicar a sua carreira. Venceu a resistência, mas a resistência não acabou. As mulheres que tentam carreira no samba ainda enfrentam dificuldades pra conseguir espaço. "Eu tinha 16 anos quando comecei no RZO. Mudei muito meu jeito de ser e de me vestir pra poder ser respeitada. Eu não podia sorrir, não podia usar minhas saias curtas, meus shorts. Então comecei a usar as roupas dos meus irmãos – camisões e calças”. O início da carreira da Negra Li também teve proibições: ela "já" podia cantar antes de casar, mas o espaço era tão masculino que ela se via sozinha e tendo que se camuflar pra continuar ali. Com o tempo, ganhou confiança e foi se libertando. Mais mulheres entraram pro rap, mas o desequilíbrio continua lá. Como a Negra Li e a Dona Ivone existem muitas: no samba, no sertanejo, no rap, no rock, no gospel, em qualquer gênero. Elas enfrentam essa realidade e trabalham pra aparecer. Mas os números indicam que ainda falta muito. Um estudo da Iniciativa de Inclusão Annenberg da USC + Spotify não deixa dúvidas: 12,3% dos compositores são mulheres. 2,1% dos produtores são mulheres. 10,4% dos indicados ao Grammy nos últimos 6 anos são mulheres. Como ajudar a mudar os números? Leia mais no link na bio.

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