A ONU paulistana
Desde o último dia 9, o 14º andar de um prédio do centro da cidade está sendo ocupado por uma equipe muito especial. Trata-se do novo escritório da ONU no Brasil. É o primeiro a se instalar no estado de São Paulo e o segundo fora de Brasília (em Salvador já existe um). A direção […]
Desde o último dia 9, o 14º andar de um prédio do centro da cidade está sendo ocupado por uma equipe muito especial. Trata-se do novo escritório da ONU no Brasil. É o primeiro a se instalar no estado de São Paulo e o segundo fora de Brasília (em Salvador já existe um). A direção ficará a cargo do argentino Jorge Chediek, coordenador das ações da ONU em território brasileiro e dono de uma carreira de vinte anos dentro do órgão. Compõem o time inicial nove funcionários, entre brasileiros e outros vindos da Noruega, Uruguai e França, além da Argentina.
O local escolhido para sediar esse trabalho foi o Edifício Cidade IV , na Rua Boa Vista, 150, centro de São Paulo. O prédio pertencia ao Itaú Unibanco, mas foi adquirido pelo governo do estado por 27,4 milhões de reais. Destinou-se o 14º andar às atividades da ONU, enquanto os demais serão ocupados por secretarias e órgãos como o Comitê Paulista da Copa 2014. Para que a ONU pudesse se instalar ali, foi preciso realizar uma ampla reforma, além de instalar equipamentos de comunicação, num investimento de 320 000 reais rateado entre o estado e as agências da ONU que ficarão abrigadas no local. O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), por exemplo, terá dois funcionários exclusivos aqui em São Paulo. O UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime, unidade voltada a questões de drogas e crimes) e o Pacto Global (para incentivar ações de responsabilidade social de empresas) também terão projetos por aqui.
A presença da ONU na cidade tem como intuito estreitar relações com municípios paulistas e com o governo do estado. Inclusive o diretor da assessoria especial para assuntos internacionais do governo do estado, Rodrigo Tavares, esteve à frente da orquestração dessa empreitada. Tavares foi durante anos funcionário da ONU, trabalhando no gabinete de Ban Ki-moon. Desde 2011 vinha conversando com o órgão sobre a possibilidade de se instalarem na terra da garoa. “Vamos fortalecer a cooperação do governo com fundos, agências e programas das Nações Unidas”, diz ele. E, de quebra, espera-se que contribuam para revitalização do centro.