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Mariana Barros - Morar em SP

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5 perguntas para João Armentano

João Armentano é um dos nomes mais conhecido do design de interiores do país. Formado em arquitetura, ele já assinou projetos para tantas celebridades (Athina Onassis e Dodi, Cristiana Arcangeli, Hebe, Eliana, Angélica, Tom Cavalcanti, Roberto Justus etc) que ganhou a alcunha de arquiteto das estrelas. No dia a dia, porém, ele valoriza o que é simples: […]

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Atualizado em 10 set 2024, 16h32 - Publicado em 30 nov 2012, 13h43
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João Armentano em sua casa, nas imediações do Parque Ibirapuera: pássaros, verde e luz do sol (Fotos: Marcos Rosa)

João Armentano é um dos nomes mais conhecido do design de interiores do país. Formado em arquitetura, ele já assinou projetos para tantas celebridades (Athina Onassis e Dodi, Cristiana Arcangeli, Hebe, Eliana, Angélica, Tom Cavalcanti, Roberto Justus etc) que ganhou a alcunha de arquiteto das estrelas. No dia a dia, porém, ele valoriza o que é simples: passarinhos que aparecem para espiá-lo tomando café, a luz do sol banhando a casa ou a brisa que entra pelos janelões. Claro que o fato de ele morar em uma deliciosa residência de 500 metros quadrados pertinho do Parque Ibirapuera ajuda bastante nisso.
Para Armentano, a ideia de que a casa é uma vitrine criada para ser vista pelos outros ficou para trás. Hoje, o que importa é ter ambientes que serão desfrutados pela família e por amigos e que refletem a identidade de seus moradores. Confira abaixo estas e outras coisas que ele contou ao Morar em SP sobre a vida na cidade.

 

Detalhe da decoração da casa de Armentano

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1) Para você o que é morar em São Paulo?
É um desafio, porque a cidade não possui atrativos naturais, não é propriamente uma cidade maravilhosa. Como meu trabalho depende de criação, busco inspiração no meu dia a dia, o que nem sempre São Paulo oferece. Então procuro dar o meu jeito: respirar no Parque do Ibirapuera, assistir ao por do sol, valorizar um sorriso… Para circular pela cidade, uso meu carro apenas em horários alternativos, senão não dá. Para as tarefas de rotina, procuro organizar minha vida sem sair muito do meu habitat. Sinceramente, eu não gostava de São Paulo. Mas a verdade é que a cidade tem me envolvido, me seduzido.

2) O que não pode faltar em uma casa paulistana?
Luz, muita luz. E ar, muito ar natural. E natureza, muita natureza. Minha casa por exemplo, é repleta de pássaros. Todos soltos. Aprendi com uma grande amiga que, se você os alimentar diariamente, eles acabam te adotando. Os passarinhos aparecem direto para tomar banho, cantar, se alimentar… é maravilhoso. Indescritível.

 3) De que maneira o lugar onde moramos impacta na nossa vida?
Impacta totalmente. Você já se imaginou morando em uma casa escura, úmida, precária, sem vida? A  tendência no mundo é que a casa espelhe a personalidade dos donos. Quanto mais identidade ela revelar, mais atual será. Eu e minha família somos alegres, de bem com a vida, cheios de energia. Nossa casa, Graças a Deus, transmite tudo isso.

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Composição com bibelôs, quadros e livros

4) Qual sua opinião sobre a arquitetura da cidade?
Já foi preocupante. Éramos bem terceiro mundo. Toda hora brotavam edifícios de gosto discutível, neoclássicos ou projetos estilo “american way of life”. Hoje em dia, o paulistano demonstra ter mais personalidade, bom gosto, e isso tudo se reflete na arquitetura da cidade. Havia uma ideia de fazer a casa para os outros verem. Isso mudou. Agora a casa é para os moradores, a família, os amigos.

5) Seu projeto arquitetônico preferido na cidade (que não seja seu).
Gosto muitíssimo da oca do Parque Ibirapuera, do Oscar Niemeyer, do Mube (Museu Brasileiro da Escultura), nos Jardins, de autoria do grande mestre Paulo Mendes da Rocha, e do hotel Unique, na Avenida Brigadeiro Luis Antonio, do Ruy Ohtake.

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O arquiteto se esconde atrás de um retrato de Sting, do livro “Close-Up”, do fotógrafo alemão Martin Schoeller. As imagens do livro viraram item de decoração, estampando a parede

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