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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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Fundada em 1924, a Castelões é uma das mais longevas instituições gastronômicas da cidade

Por Mônica Santos A rua é erma, escura, e a região, deteriorada. Mas só quem já foi até o Brás para visitar a Castelões pode compreender o fascínio dos paulistanos pelo endereço, que serviu de escola a muitas outras pizzarias abertas depois, entre elas a Bráz. “Quem sabe comer sabe esperar”, anuncia a placa na entrada, deixando claro que ali se respeitam a […]

Por VEJA SP
Atualizado em 25 fev 2017, 21h46 - Publicado em 6 out 2016, 16h11
 (Divulgação/Divulgação)
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O salão da casa: o endereço atrai boleiros, famílias e turistas (Foto: Ricardo D'angelo)

O salão da casa: o endereço atrai boleiros, famílias e turistas (Foto: Ricardo D’angelo)

Por Mônica Santos

A rua é erma, escura, e a região, deteriorada. Mas só quem já foi até o Brás para visitar a Castelões pode compreender o fascínio dos paulistanos pelo endereço, que serviu de escola a muitas outras pizzarias abertas depois, entre elas a Bráz. “Quem sabe comer sabe esperar”, anuncia a placa na entrada, deixando claro que ali se respeitam a tradição e o tempo das coisas.

+ Massimo brilhou como um dos melhores italianos da cidade

A decoração fora de moda, com flâmulas de futebol e garrafas de Chianti penduradas, remete ao passado: o restaurante nasceu em 1924, como reduto de jogadores de um clube de várzea, entre os quais o seu fundador, o descendente de italianos Ettore Siniscalchi. No fim dos anos 40, foi vendido para o filho de calabreses Vicente Donato, amigo de Siniscalchi e garçom do lugar. A receita da pizza com bordas altas e crocantes havia chegado anos antes, pelas mãos do pedreiro Pedro Rosário, que construiu o forno e foi o seu primeiro pizzaiolo.

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A pizza de calabresa picante: uma das dezoito opções do cardápio (Foto: Ricardo D'angelo)

A pizza de calabresa picante: uma das dezoito opções do cardápio (Foto: Ricardo D’angelo)

A tradição napolitana, na qual invencionices quase não têm vez, é seguida à risca pelo atual dono Fabio Donato (ele é neto de Vicente e assumiu o negócio em 2014, após a morte do pai, João Donato Neto). Há apenas dezoito tipos de cobertura, incluindo a de calabresa picante, marca registrada do estabelecimento, além das recentes palmito e portuguesa.

Cartões de crédito e débito não são aceitos desde sempre, mas agora a casa recebe pagamento via transferências bancárias feitas na hora. De resto, felizmente, continua tudo igual por lá.

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