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Memória

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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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A trajetória do artista Ivald Granato, que morreu aos 66 anos

Nascido em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, Ivald Granato mudou-se para São Paulo há 45 anos disposto a transformar o cenário artístico da cidade. + Projeto ‘Memórias do Pacaembu’ quer formar acervo digital do bairro No ateliê na esquina entre a Rua Henrique Schaumann e a Avenida Rebouças, pintava telas com traços pop, cheias de tons vibrantes e […]

Por VEJA SP
Atualizado em 26 fev 2017, 12h02 - Publicado em 8 jul 2016, 19h00
IVALD GRANATO/MORTE/ARQUIVO (/)
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IVALD GRANATO/MORTE/ARQUIVO

Granato: um dos pioneiros da performance no país. (Foto: JB Neto/Estadão Conteúdo)

Nascido em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, Ivald Granato mudou-se para São Paulo há 45 anos disposto a transformar o cenário artístico da cidade.

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+ Projeto ‘Memórias do Pacaembu’ quer formar acervo digital do bairro

No ateliê na esquina entre a Rua Henrique Schaumann e a Avenida Rebouças, pintava telas com traços pop, cheias de tons vibrantes e figuras de contornos imprecisos, a exemplo de Van Gogh Visita Mato Grosso.

Como desenhista, foi premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte em 1979 e 1982. As performances irreverentes e multimídia, misturando teatro, música, fotografia e dança, acabaram virando sua marca registrada. Foi um dos pioneiros por aqui a explorar essas possibilidades.

Em Urubu Eletônico, de 1976, vestiu-se com máscaras de animais para protestar contra a ditadura. “A vida é bem ampla e
louca”, costumava dizer, ao ser perguntado sobre os limites dessas apresentações. Era também conhecido por ser uma das figuras mais alegres e efusivas da sociedade paulistana. Festeiro de carteirinha, virou amigo de Ron Wood e Keith Richards e ciceroneava os Stones nas passagens da banda pela cidade.

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Meu Romance com Andy Warhol: na Pinacoteca, em 1980. (Foto: Loris Machado)

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No último dia 28, marcou presença na abertura da exposição que celebrava seus cinquenta anos de carreira, na Caixa Cultural de Brasília. Na madrugada de domingo (3), aos 66 anos, morreu enquanto dormia, após ter uma parada cardíaca. Deixou a mulher, Laís, cinco filhos e oito netos.

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