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Documentário de Dorival Caymmi traz entrevista inédita e gravações antigas

Dirigido por Daniela Broitman, longa conta com relatos de Gilberto Gil e Caetano Veloso

Por Laura Pereira Lima
19 abr 2024, 06h00
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O cantor baiano Dorival Caymmi  (Divulgação/Divulgação)
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Dorival Caymmi — Um Homem de Afetos estreia na quinta-feira (25), no mês em que o cantor baiano completaria 110 anos. Dirigido por Daniela Broitman, o longa documental aborda os diversos âmbitos da vida do compositor, desde a relação com os filhos e com a mulher — com quem foi casado por mais de 60 anos, apesar das traições —, até a espiritualidade e o alcoolismo.

As histórias por trás de músicas consagradas são reveladas na obra, que conta a trajetória de Caymmi a partir de entrevistas com admiradores, como Gilberto Gil e Caetano Veloso, e membros da família. Um dos destaques é o testemunho de Cristiane de Oliveira, cozinheira e confidente de Caymmi que o acompanhou nos últimos momentos de vida.

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Caetano Veloso em ‘Dorival Caymmi-Um Homem de Afetos’ (Desirée do Vale/Divulgação)
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Gilberto Gil em ‘Dorival Caymmi-Um Homem de Afetos’ (Desirée do Valle/Divulgação)

Gravações antigas cedidas por Dora Jobim e uma entrevista nunca antes divulgada intercalam os depoimentos. Alguns trechos de entrevistas que não entraram na versão final do filme podem ser vistos nas páginas do Instagram e do Facebook do filme.

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“Desde pequena ouvia minha avó cantarolando músicas do Caymmi, e elas passaram a fazer parte da minha memória afetiva”, relembra Daniela, que incluiu canções como É doce morrer no mar, Sábado em Copacabana e Marina na trilha sonora do documentário.

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A diretora Daniela Broitman (Desirée do Valle/Divulgação)

A diretora, roteirista e produtora defende a importância do olhar feminino nas produções audiovisuais. “O meio musical sempre foi muito masculino, assim como o cinema”, diz. O longa foi finalizado em 2020, mas, por causa da pandemia, só entrará no circuito comercial este ano. Apesar disso, ela não se deixa chatear pelo atraso: “Caymmi é atemporal, e isso fez com que o filme também o fosse”.

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Publicado em VEJA São Paulo de 19 de abril de 2024, edição nº 2889

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