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Cultura & Lazer

Sensível e sutil, ‘Dias Perfeitos’ mostra que há beleza nos detalhes

Filme de Wim Wenders apresenta a rotina de um limpador de banheiros públicos em Tóquio, que encontra alegria em hábitos simples

Por Mattheus Goto
1 mar 2024, 06h00

História suti de "Dias Perfeitos"l: Hirayama e a sobrinha, Niko (Arisa Nakano) (Divulgação/Divulgação)

✪✪✪✪ A força de Dias Perfeitos está na simplicidade. Em cartaz nos cinemas, a obra dirigida pelo alemão Wim Wenders acompanha a rotina de Hirayama (Koji Yakusho), um homem de poucas palavras que é um dedicado limpador de banheiros em Tóquio.

Ele demonstra encontrar alegria em sua vida pacata, entre hábitos regrados, como apreciar o céu de manhã, regar suas plantas, ouvir música no caminho ao trabalho e ler antes de dormir. Encontros inesperados trazem à tona questões do passado.

Pelas entrelinhas e pela performance delicada e rica em nuances de Yakusho, conhecemos melhor o protagonista. A narrativa em tom meditativo reside no que não é dito e, de forma sensível, mostra que é possível ver beleza nos detalhes, mesmo na dificuldade.

Publicado em VEJA São Paulo de 1 de março de 2024, edição nº 2882