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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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O hype dos rosés: o que faz esse vinho crescer tanto?

Confira sugestões de rótulos para comprar

Por Marcelo Copello
27 jan 2023, 06h00
Quatro garrafas de vinhos rosé
Rosé: a nova febre (Fotos/Divulgação)
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A história se repete. Todos os anos, há cerca de uma década, o consumo de vinhos rosés cresce acima da média do mercado. Ou seja, para quem acompanha de perto o mundo de Baco, essa alta não chega a ser novidade. Entre os consumidores, contudo, esse tipo de vinho alcança todos os anos novos adeptos. Segundo a Product Audit, empresa líder em números do mercado de bebidas, os rosés são a categoria que mais cresceu na última década, no mundo e no Brasil.

O mercado de rosados importados cresceu 29% comparativamente entre 2020 e 2021, enquanto o mercado total, apenas 4,3%. Se analisarmos desde 2017, quando importávamos apenas 4,8 milhões de garrafas desse estilo, e confrontarmos com os números (ainda não fechados) de 2022, quando devemos ultrapassar os 19 milhões, temos um crescimento acumulado de cerca de 300%.

Mas quais motivos podem ter levado os rosados a terem crescido tanto? Primeiramente, temos de lembrar que a base ainda é pequena, pois cerca de 70% do vinho consumido no Brasil ainda é tinto. Os rosés, contudo, parecem se encaixar como uma luva no gosto da geração Z, jovens na faixa dos 20 anos, pois são descomplicados e fáceis de beber. Em geral, são mais leves que os espumantes e os brancos, sem falar nos tintos, é claro.

Outras gerações podem ver os rosados também como um estilo de vida, importado do Sul da França. A maior região produtora no mundo e a maior referência em qualidade e estilo é a Provença. Nessa região praieira, associada à sofisticação de seus ricos balneários, há uma taça cor de rosa em cada mesa durante todo o verão.

Talvez o fator mais importante e base desse crescimento no consumo seja o aumento da qualidade dos produtos. Até há pouco mais de uma década, os rosados mundo afora (exceto os da Provença) eram em geral mais pesados, por vezes mal elaborados e, por não girarem tanto na prateleira, frequentemente chegavam já prejudicados às taças dos brasileiros. Hoje, o panorama já é bem melhor, com muitas opções de qualidade, de safras recentes e acessíveis.

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VILLA RIVIERA SPLENDID CÔTES DE PROVENCE AOC Das Côtes de Provence, elaborado com as castas locais, com predomínio de grenache e típica cor dos rosados provençais: muito clara. Aroma delicado, floral e de morango e pêssego. Paladar leve, fresco, muito elegante e equilibrado. R$ 289,90, na Evino.

LA PODEROSA ROSÉ Da Bodega del Fin del Mundo, na Patagônia argentina, elaborado com syrah, sem passagem por madeira. Cor salmão intensa. Aroma de bom ataque, frutado, cereja, framboesa, floral. Paladar leve e fresco, ótima acidez, com apenas 11% de álcool. R$ 119,90, na Evino.

RIKU BY SIEGEL D.O CENTRAL VALLEY ROSÉ Do produtor Siegel Family Wines, elaborado com uvas cinsault, do Vale Central no Chile, com breve passagem por barricas de carvalho de quinto uso. Cor clara, aroma frutado, com notas de frutas vermelhas como morango e romã, floral de violetas. Paladar leve e macio, 13,5% de álcool, acidez moderada. R$ 94,00, na Wine.

CARPINETO DOGAJOLO I.G.T. TOSCANO ROSATO Do bom produtor da Toscana Carpineto, elaborado com uvas canaiolo e sangiovese, sem madeira. Cor de rosa claro. Aroma frutado, com notas de morango e toranja. Paladar leve, mas com boa acidez e uma ponta de taninos, 12,5% de álcool, um rosado gastronômico. R$ 111,65, na Wine.

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