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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Queijos e vinhos: saiba como harmonizar

A sugestão é explorar as opções brasileiras e também as veganas

Por Marcelo Copello
19 jul 2024, 06h00

Um dos temas campeões no inverno, o indefectível “queijos e vinhos” pode ser feito de forma diferente. A sugestão é explorar a qualidade dos queijos brasileiros, que já colecionam inúmeros reconhecimentos internacionais, e também as alternativas veganas.

Comecemos com uma das mais emblemáticas regiões produtoras do país, a Serra da Canastra, em Minas Gerais. Existem variações de tempo de maturação deste queijo, que vão desde versões mais jovens (vinte a quarenta dias) até os mais curados (um ano ou mais), com sabores mais intensos e complexos. Para os segundos, uma sugestão de harmonização é um cabernet sauvignon, com seus taninos firmes e notas de frutas negras. A acidez do vinho ajuda a cortar a gordura do queijo.

Para o queijo de coalho, levemente salgado e ideal para grelhar, vão bem a acidez e as notas frutadas de um chardonnay, frequentemente com um toque amanteigado, se equilibram com a salinidade e a textura firme, que não derrete por completo.

O serrano, produzido no sul do Brasil, tem massa semidura, de sabor ligeiramente ácido e picante. Um malbec encorpado de taninos aveludados complementa a acidez e o sabor marcante das versões mais curadas.

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O minas frescal, presente no dia a dia, pode ficar delicioso com um sauvignon blanc, de acidez alta e notas cítricas e herbáceas. O colonial, tradicional do sul do país, tem textura firme, certa rusticidade e sabor pronunciado, em especial os maturados. Casa com um tannat de boa estrutura de taninos.

Para o premiado Cuesta Azul, de Pardinho (SP), escolha uma versão de sobremesa, como um sauternes. A doçura e acidez contrastam com o gosto pungente e a cremosidade.

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O Tulha, também de São Paulo, mais duro e envelhecido, complexo e com notas que lembram frutas secas, pede um syrah do novo mundo com especiarias picantes. Para o mineiro Azul do Bosque, intenso e cremoso, vai bem um Porto, cuja doçura e riqueza contrastam com a intensidade e o salgado queijo.

Entre os tradicionais do Brasil, como o prato, vai um merlot, com o catupiry, um riesling alemão, e com requeijão de corte, um pinot grigio italiano.

Para opções veganas, de castanha-de-caju ou de amêndoa, casa bem um rosé. Com tofu ou o de coco, um gewurztraminer. De batata ou de mandioca? Escale um beaujolais ou um gamay.

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Bramare Cabernet Sauvignon 2019 Do enólogo americano Paul Hobbs na vinícola Cobos. 100% cabernet sauvignon de Lujan de Cuyo, em Mendoza, dezoito meses em carvalho francês e americano. Rubi escuro. Aroma de amora, cereja, couro, baunilha, especiarias. Paladar de bom corpo, concentrado, 14,6% de álcool. R$ 389,93, na Grand Cru.

Bourgogne Chardonnay 2018 Do produtor Guy Amiot. 100% chardonnay parcialmente fermentado em barricas. Amarelo palha claro e brilhante. Aroma elegante, floral, madeira discreta, com baunilha, manteiga. Paladar leve, porém firme, 12% de álcool. Entrega bastante para um A.O.C. Borgonha. R$ 499,90, na Grand Cru.

Designado Single Vineyard Malbec 2020 Da Bodega Los Helechos, do grupo Estância Mendoza. Elaborado com 100% malbec da região de Mendoza, com doze meses de barrica. Cor escura, com aroma de ameixa, amora, florais de violetas, baunilha. Paladar encorpado, macio, com taninos doces, acidez moderada. R$ 129,90, na Evino.

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Viña Salort Gran Reserva Tannat 2021 Da vinícola Familia Traversa, da região de Canelones, no Uruguai. 100% tannat, com doze meses em barrica de carvalho francês. Vermelho rubi entre claro e escuro. Aroma frutado, com frutas vermelhas, cereja, morango, especiarias, baunilha. Paladar de médio corpo, com taninos e acidez macios. R$ 58,71, na Wine.

Publicado em VEJA São Paulo de 19 de julho de 2024, edição nº 2902

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