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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Alentejo: conheça os tintos da região

Em Portugal, área é responsável por cerca de 30% do vinho produzido no país

Por Marcelo Copello
Atualizado em 20 jan 2022, 14h22 - Publicado em 13 ago 2021, 06h00
Três garrafas de vinhos tintos do Alentejo em fundo branco.
 (Divulgação/Divulgação)
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No sul de Portugal, o Alentejo tem uma antiga e rica história no vinho, que remonta aos romanos e suas ânforas. A região passou, contudo, por um período de dormência, quando teve sua produção interrompida por decreto do governo ditatorial de Salazar. Com a Revolução dos Cravos, em 1974, e, posteriormente, com a entrada do país na União Europeia, em 1986, o Alentejo recebeu muitos investimentos, modernizando-se e crescendo exponencialmente. Hoje, é responsável por cerca de 30% do vinho produzido no país luso, sendo a região que mais exporta tintos.

Segundo números da Product Audit, o brasileiro está consumindo cerca de 6 milhões de garrafas alentejanas por ano. A área é uma grande planície em quase sua totalidade, com clima moderadamente quente, ideal para a produção de tintos com bom custo-benefício. Alguns microclimas, além de sub-regiões mais frescas e úmidas, garantem também uma boa diversidade de estilos e a possibilidade de produção de grandes vinhos de guarda.

Em termos de castas, a região é bem democrática, já que o clima é generoso. Para ser um Alentejo DO (Denominação de Origem), o vinho deve ter um mínimo de 75% de castas obrigatórias (entre nove brancas e doze tintas) e até 25% de castas permitidas (25 brancas, vinte tintas e duas rosadas). Para ser um IG (Indicação Geográfica) ou Regional Alentejano, pode-se escolher em um leque de 34 brancas e 32 tintas e três rosadas.

Na prática, a maioria traz o corte típico que, nos tintos, é composto de aragonês (uva chamada de tinta roriz no norte e de tempranillo na Espanha), trincadeira (tinta amarela no norte) e alicante bouschet, casta tintureira que dá cor muito escura ao líquido. Nas brancas reinam a antão vaz, que gera vinhos de mais corpo e que vai bem com madeira (a “chardonnay” da região), e a mais fresca e cítrica arinto.

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Além das tradicionais da região, o Alentejo recebe com bons resultados cepas de outras áreas, como touriga nacional, alfrocheiro, alvarinho, encruzado, e internacionais, como syrah, cabernet s auvignon, chardonnay e petit verdot, entre muitas outras.

Terras de Estremoz Regional Alentejano Tinto 2019
Regional alentejano elaborado com o corte clássico: trincadeira, aragonês e castelão. Estagia em cubas de inox. Cor granada entre clara e escura. Aroma discreto, com frutas vermelhas e especiarias. Paladar de leve a médio corpo, taninos e acidez moderados, com 13,5% de álcool. Gastronômico, para o dia a dia. R$ 54,00. Compre aqui: wine.com.br.

Ossa Vinhas Velhas 2019
Um regional alentejano com castas típicas: aragonês, alfrocheiro, tinta caiada e alicante bouschet. Estagia nove meses em barricas de carvalho francês de segundo e terceiro uso. Rubi escuro, aroma com notas de frutas vermelhas maduras, cerejas, madeira discreta e integrada, especiarias. Paladar de médio corpo, taninos e acidez médios, conjunto agradável, com boa presença no nariz e na boca. Bom custobenefício. R$ 62,24. Compre aqui: wine.com.br.

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Tinto de Castelão by António Maçanita 2018
Elaborado com a castelão, uma das tintas mais plantadas de Portugal, passa doze meses em barricas de carvalho francês. Cor rubi entre clara e escura. Aroma de framboesas, ameixas, musgo, tabaco. Paladar de corpo médio, com taninos firmes, 13% de álcool, boa acidez. Perfil elegante, muito bem elaborado. R$ 319,90. Compre aqui: evino.com.br.

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