‘Titanic’: por que o filme faz tanto sucesso mesmo após 25 anos?
Clássico de James Cameron está de volta aos cinemas e já reuniu milhares de espectadores
Titanic, dirigido por James Cameron e estrelado por Kate Winslet e Leonardo DiCaprio, retornou às telonas do cinema 25 anos após o lançamento. Detentora de onze Oscar, a trágica história que mescla um poderoso caso de amor e o naufrágio do navio em 1912 ainda é capaz de conquistar e reconquistar o público.
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A Vejinha participou da coletiva de imprensa com Cameron e o produtor Jon Landau sobre a reestreia do longa.
“O Titanic tem esse tipo de qualidade novelística duradoura, quase mítica. E tem a ver com amor, sacrifício e mortalidade”, explica Cameron. “Os homens que recuaram dos botes salva-vidas para que as mulheres e as crianças pudessem sobreviver fazem parte disso. Mas a história diz muito sobre a arrogância humana. À época, o navio foi considerado inafundável, mas eles o operaram mal e ele afundou. Ao pensarmos no filme, plantamos a nossa trama no topo do que já era uma narrativa épica. E eu realmente acredito que elas elevam uma à outra.”
A grande inspiração do diretor para fazer Titanic apareceu quando ele assistiu ao filme Somente Deus por Testemunha (1958), que narra o naufrágio. Cameron, que é apaixonado pelo mar, ressalta que Titanic e Avatar (outra produção aclamada) estarão sempre unidos por conta dessa paixão.
Cameron conta que Kate Winslet estava muito interessada no papel desde o início. “Leo inicialmente não achava seu personagem desafiador o suficiente. Eu tive que convencê-lo. Já Kate demonstrou muito entusiasmo, mas eu que não estava convencido. Pedimos para fazer um teste e, no fim, ela me enviou um bilhete e uma rosa vermelha. No papel estava escrito ‘Eu sou sua Rose’. De fato, ela era.”
Por que Titanic ainda faz tanto sucesso de público (algo explícito nessa reestreia, com mais de 200 000 espectadores no Brasil)? Segundo Cameron, é a tragédia que chama a atenção. “É a beleza do amor que termina tragicamente. Você pode ver uma comédia romântica em que o casal se beija no final em direção ao pôr do sol, mas há algo muito mais poderoso em uma história de amor que contém perdas.”
Publicado em VEJA São Paulo de 22 de fevereiro de 2023, edição nº 2829
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