Em ‘Thor: Amor e Trovão’, as personagens femininas se destacam
No novo filme da Marvel, que já está em cartaz nos cinemas, Tessa Thompson e Natalie Portman tomam conta das telas
✪✪✪ Em Thor: Amor e Trovão, o deus da mitologia nórdica (interpretado pelo carismático Chris Hemsworth) pode se destacar no título, mas quem ganha tanta relevância quanto ele é Valquíria (Tessa Thompson) e a Poderosa Thor/Jane Foster (Natalie Portman). O novo filme da Marvel já está em cartaz nos cinemas e promete ser uma das melhores opções para as férias.
Mas, mais do que isso, é um ótimo exemplar de como o estúdio está se reinventando e mergulhando nas possibilidades mais malucas possíveis. À Vejinha, Tessa Thompson, que possui papel fundamental na trama, fala sobre trabalhar com o cineasta Taika Waititi (que também dirigiu Thor: Ragnarok).
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“Ele tem uma habilidade realmente incrível de fazer filmes que são muito sinceros e emocionantes, mas que não se levam tão a sério. É meio que sua marca de humor, mas neste há camadas dramáticas que se destacam.”
Amor e Trovão é a terceira produção em que a atriz contracena com Hemsworth, e ela afirma que a parceria já está totalmente solidificada. “Fica tudo mais fácil porque nós nos conhecemos bem.” Ela conta que, por ter trabalhado na Austrália durante as filmagens, longe de seus parentes, hospedava-se na casa do ator e sua esposa, Elsa Pataky. “Amigos se tornam sua família, e isso é realmente o que Chris e eu nos tornamos.”
Tessa também pode dizer o mesmo sobre Natalie Portman, vencedora do Oscar que retorna ao universo Marvel. Elas já atuaram juntas em Aniquilação, da Netflix. “É interessante trazer esse tipo de irmandade, esse espírito de querer lutar pelas mulheres, pela sua comunidade, para nossos respectivos papéis no filme. Natalie é tão talentosa que eu nem tive preocupação quanto a ela se tornar uma super-heroína. Foi divertido vê-la fazer algo novo no cinema.”
MÚSICA, AÇÃO, DEUSES E CORES
O filme, terceiro título solo do herói, apresenta Thor (Hemsworth) em uma jornada diferente de tudo o que já enfrentou: a busca pelo autoconhecimento. Mas sua “aposentadoria” ao lado dos Guardiões da Galáxia logo é interrompida quando descobre que um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses (Christian Bale), quer a extinção de todos os seres mágicos.
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Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda de Rei Valquíria (Tessa) e Korg (Taika Waititi, que não fica apenas na cadeira de diretor). Não será fácil vencer o novo vilão da Marvel, mas a ex-namorada do protagonista, Jane Foster (Natalie), reaparece e, inexplicavelmente, empunha seu martelo mágico, Mjolnir. Com isso, a “Poderosa Thor” também entrará em combate ao lado do deus do trovão.
Uma das melhores qualidades de Amor e Trovão é seu elenco, mas é preciso destacar a ótima trilha sonora, recheada de hits da banda Guns N’ Roses. A atmosfera nostálgica dos anos 80 tem tudo a ver com o filme, que não tem medo de ser um tanto brega e exagerar nas piadas.
CHEGANDO AOS 30
O Universo Cinematográfico da Marvel já possui histórias de sobra para contar. Desde o primeiro filme (Homem de Ferro, lançado em 2008 com Robert Downey Jr.), diversos heróis foram mortos e outros introduzidos com todo o cuidado para se tornarem novos ídolos dos fãs.
Entre viagens no tempo, reviravoltas e guerras enfrentadas de forma incansável pelos personagens, já são 29 títulos que tomaram conta das telonas.
Thor: Amor e Trovão antecede o trigésimo longa do estúdio, que chegará aos cinemas ainda neste ano e terá um significado especial: é Pantera Negra 2, que, sem o protagonista Chadwick Boseman — que morreu em agosto de 2020 devido a um câncer —, será estrelado por Okoye (Danai Gurira) e Shuri (Letitia Wright), entre outros.
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Atualmente na Fase 4 de produções, a Marvel deve lançar em breve Homem-Formiga 2, Guardiões da Galáxia 3 e The Marvels. Para o futuro, são aguardadas histórias sobre Blade, Deadpool, o novo Capitão América, Shang-Chi e o Homem-Aranha de Tom Holland.
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de julho de 2022, edição nº 2797