Tensão em volume máximo é mote da 4ª temporada de Stranger Things
Primeira parte da última temporada da série já está disponível; episódios são intensos e dignos de maratona
✪✪✪✪ O Volume 1 da quarta temporada de Stranger Things está disponível na Netflix a partir desta sexta (27), após muita expectativa dos fãs. A Vejinha já assistiu a todos os episódios, que mesclam drama e tensão como nunca vistos antes na produção.
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À medida que o fim do mundo invertido pode estar mais próximo após a intensa batalha de Starcourt, que deixou um rastro de terror e destruição na cidade de Hawkins no fim da terceira temporada, o grupo de amigos se separa pela primeira vez. Eleven (Millie Bobby Brown), Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb Mclaughlin), Will (Noah Schnapp), Max (Sadie Sink) e outros personagens não dividem mais a mesma rotina, enquanto cada um passa por um período turbulento.
O tom nostálgico, com músicas dos anos 80 e ambientação da época, continua sendo um dos maiores destaques — além de ser o elemento essencial para quebrar a seriedade da inédita ameaça sobrenatural que surge. As crianças já não são crianças e a série utiliza esse amadurecimento do elenco para construir diálogos e conflitos memoráveis.
Uma vez finalizada a maratona, a sensação é de que Matt Duffer, Ross Duffer, Shawn Levy e toda a equipe criativa souberam aproveitar bem as nuances que a trama oferece. Em alguns momentos, a emoção toma conta (o final de Capítulo 4: Querido Billy é o melhor exemplo disso); já em outros, o medo dos jovens durante a perigosa aventura pelo Mundo Invertido é praticamente palpável.
Alguns pontos que merecem atenção no Volume 1 são a inclusão de novos personagens, como o carismático Eddie (Joseph Quinn), e a combinação de personalidades que dá tão certo quando o grupo como um todo se afasta.
Mike, Will e Jonathan (Charlie Heaton) devem ganhar mais destaque no Volume 2 por ainda não estarem em Hawkins, mas Nancy (Natalia Dyer), Joyce (Winona Ryder), Hopper (David Harbour), Steve (Joe Keery) e Robin (Maya Hawke) movimentam a narrativa de modo enérgico, seja no estado de Indiana ou enquanto enfrentam o frio (e outras questões) na Rússia.
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Publicado em VEJA São Paulo de 1 de junho de 2022, edição nº 2791