Spotify lança audiossérie de Batman com vozes de Rocco Pitanga e Tainá Müller
Produção marca a primeira vez que um ator negro interpreta o herói; Camila Pitanga e Maria Bopp também estão no elenco de dublagem
✪✪✪ Batman foi apresentado em diversas mídias ao longo das décadas: começou pelos quadrinhos e chegou ao cinema com inúmeras adaptações — a mais recente é estrelada por Robert Pattinson, disponível na HBO Max. Mas o Homem-Morcego possui tanto impacto que acaba de ganhar uma história inédita para ser apenas ouvida.
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O Spotify lançou, na última terça (3) uma audiossérie intitulada Batman Despertar, que traz Rocco Pitanga, Tainá Müller, Camila Pitanga, Hugo Bonemer, Maria Bopp e outros nomes da dramaturgia no elenco de dublagem. Daniel Rezende e Marina Santana assinam a direção.
Na trama, nunca antes conhecida pelo público, o serial killer Ceifador aterroriza Gotham, mas Batman não aparece para salvar a cidade. Na verdade, Bruce Wayne não tem nenhuma memória de que um dia ele foi o famoso Cavaleiro das Trevas. Ele é um patologista forense e, ao realizar a autópsia no corpo da vítima mais recente do assassino, é atacado pelo próprio Ceifador.
Bruce fica obcecado e o Dr. Thomas Wayne, chefe do Hospital de Gotham, determina que o filho precisa se afastar do trabalho. Simultaneamente, Barbara Gordon precisa da ajuda de Charada.
Com o trabalho de dublagem, Rocco Pitanga torna-se o primeiro ator negro a interpretar o herói. Em coletiva de imprensa, o ator definiu Batman como um herói “humano” e disse que maratonou seus filmes para entrar nesse universo. “Ele enfrenta uma dor comum e busca defender o coletivo da humanidade. Trazer o Batman quebrando esse lugar estereotipado do homem negro é um grande passo”, reflete.
Tainá considera a audiossérie uma atualização do Batman “em vários níveis”, enquanto Camila destaca que a história “embaralha a história de origem do herói”. Para Rezende, fã dos quadrinhos, que também é montador, o intuito da produção é trazer algo único. “Eu sempre achei que o som conta a história melhor que a imagem. Gosto de desafios: se eu sei como fazer um projeto, não tenho interesse em fazer. Eu só quero fazer aquilo que não tenho a menor ideia.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 11 de maio de 2022, edição nº 2788