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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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Impactante, O Último Duelo retrata caso real de violência contra a mulher

Drama medieval traz Jodie Comer, Adam Driver e Matt Damon no elenco; atriz falou à Vejinha sobre filmar as cenas de estupro

Por Barbara Demerov
15 out 2021, 06h00
Jodie Comer, séria, como Marguerite de Carrouges
Jodie Comer é Marguerite de Carrouges em O Último Duelo, filme dirigido por Ridley Scott (20th Century Studios/Divulgação)
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Em cartaz nos cinemas, O Último Duelo é um drama épico estrelado por Jodie Comer, Adam Driver e Matt Damon (que também assina o roteiro ao lado de Ben Affleck e Nicole Holofcener). Apesar da roupagem de época, a temática abordada na trama inspirada em fatos é terrivelmente atual. Quando Marguerite de Carrouges (Comer), no século XIV, denunciou às autoridades que foi estuprada por Jacques Le Gris (Driver) dentro da própria casa, ninguém acreditou em sua palavra.

Após um julgamento em que Marguerite detalhou a experiência e, ainda assim, não recebeu um veredito justo, seu marido, Jean de Carrouges (Damon), desafiou Le Gris a duelar em campo. O vencedor não só teria sua honra como também representaria o lado da verdade. Séculos depois, o cinema reproduz essa impactante história sobre violência e integridade.

No filme, dirigido por Ridley Scott (Gladiador, Alien), há duas passagens específicas que tornam a experiência muito profunda no sentido de compreender o que Le Gris fez com Marguerite. São as cenas em que o estupro é consumado e que, apesar de terem a mesma natureza (o ato não tem o consentimento da mulher), possuem nuances que dificilmente passarão despercebidas pelo público.

A imagem mostra dois cavaleiros, de armadura, sobre seus cavalos. Eles estão frente a frente, com os cavalos lado a lado, se encarando.
O Último Duelo: em cartaz nos cinemas (20th Century Studios/Divulgação)

À Vejinha, a atriz Jodie Comer explica como foi o processo de filmar esses momentos tão complexos. “Nós definitivamente filmamos a versão de Marguerite primeiro. Ridley me perguntou: ‘Por qual você quer começar?’, e eu acho que tomamos a melhor decisão. O que é interessante em termos concordado sobre isso é que, assim que estabelecemos o que eu queria fazer com Marguerite, logo refleti comigo mesma: ‘Como posso fazer a cena como se ela parecesse complacente diante do ato, por mais que estivéssemos seguindo o mesmo diálogo?’.”

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“Foi útil para mim seguir essa ordem. E Adam foi um ótimo parceiro. Nós temos muito respeito um pelo outro e nunca falamos explicitamente sobre o que faríamos nas cenas. Filmamos aquilo que filmamos. Além disso, o set era um local muito seguro. Quando terminamos as cenas, a equipe saiu do ambiente e nos deu cinco minutos para processar tudo. E, quando finalmente assisti ao filme, me senti feliz em ver como nós retratamos aquela situação”, diz.

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Publicado em VEJA São Paulo de 20 de outubro de 2021, edição nº 2760

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