A Idade Dourada mostra tensões da high society americana do século XIX
Nova série de época da HBO Max é do mesmo criador de Downton Abbey; elenco de peso e figurinos vistosos são bons motivos para assistir
A Idade Dourada, nova série de época disponível na HBO Max, traz um elenco de peso, belos figurinos e uma trama recheada de tensões na classe alta em meio ao desenvolvimento da cidade de Nova York, em 1880. Marian Brook (Louisa Jacobson) é uma jovem órfã de um general do sul que se muda para a casa de suas tias: Agnes (Christine Baranski) e Ada (Cynthia Nixon).
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Ao lado de Peggy Scott (Denee Benton), a protagonista se envolve na vida dos novos vizinhos, a rica família Russell, e ainda precisa se acostumar com a rotina e as diversas regras da alta sociedade.
Em coletiva de imprensa realizada para o lançamento da produção, o criador Julian Fellowes (de Downton Abbey) explicou que preferiu conceber personagens dentro de um cenário real — a fase de expansão da economia nos Estados Unidos, que dá nome à série — a incluir famílias que existiram na época. “Se você escreve sobre pessoas reais, tem de ser fiel ao que aconteceu. Então, inventei famílias fictícias dessa fase, de forma que eu pudesse utilizar eventos reais e aproveitá-los livremente porque, no geral, é uma ficção.”
Fellowes também destaca que A Idade Dourada marca o momento em que os Estados Unidos passaram a viver de um jeito independente, sem seguir as mesmas ideias de classe e cultura da Europa. “Aquela foi a fase em que a América realmente tomou as rédeas de seu próprio destino e parou de sentir que precisava ter algum tipo de autorização europeia sobre a maneira como viviam”, afirma
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Publicado em VEJA São Paulo de 9 de fevereiro de 2022, edição nº 2775