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Conheça Eduardo Lima, designer gráfico brasileiro da franquia Harry Potter
A Vejinha conversou com o designer, que também trabalha em Animais Fantásticos; Lima está no Brasil para promover Os Segredos de Dumbledore
Aproveitando o lançamento de Animais Fantásticos: os Segredos de Dumbledore, a Vejinha conversou com uma figura, também brasileira, que integra o mundo bruxo há anos. Mais precisamente, desde Harry Potter e a Câmara Secreta, de 2002.
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O mineiro Eduardo Lima é designer gráfico e, ao lado da também designer Miraphora Mina, trabalhou nos filmes da franquia original. Após a finalização do arco de Harry Potter e o início da produção de Animais Fantásticos, Lima e Mina fundaram o estúdio de design MinaLima, com lojas espalhadas pelo mundo, e permaneceram trabalhando neste universo.
Em visita ao Brasil, o profissional enfatiza o carinho do público. “Os fãs de Harry Potter já são diferentes, mas o Brasil tem um pouco mais de paixão. Não conseguimos esconder a felicidade. Recebemos muitos brasileiros na loja de Londres.”
Lima se inclui no imenso grupo de fãs. “Sou fã de doer. Mas, quando comecei a trabalhar, não conhecia nada da história. Só quando fui ao cenário do segundo filme que corri para ler os livros e me apaixonei. Meu capítulo favorito é O Prisioneiro de Azkaban. Eu costumo dizer que foi a época em que os latinos chegaram de vez (o mexicano Alfonso Cuarón dirigiu o terceiro capítulo).”
O designer também destaca o papel de sua profissão em um grande set de cinema. “Trabalhamos muito próximos com todos os diretores. Os objetos que vemos em tela são um instrumento para contar aquele momento exato que a audiência precisa. É superbacana, uma troca interessante.”
Além disso, Lima relembra os tempos em que peças essenciais das páginas foram concebidas. “É engraçado, eu lembro que as pessoas falavam: ‘O Mapa do Maroto é igualzinho ao que eu imaginava’. Isso é impossível! (risos) Mas quer dizer que nós acertamos. É bom saber que, lá em 2003, 2004, não fazíamos ideia de que estávamos desenvolvendo essa linguagem gráfica do mundo bruxo que, hoje, virou ícone na cultura pop.”
Sobre a importância de Harry Potter em sua vida, ele diz: “Toda a franquia representa meu encontro com a Mina. Ilustrar as novas edições dos livros (lançados pela MinaLima) também me rendeu um relacionamento mais íntimo com a história, porque antes lidávamos com roteiros adaptados para os filmes. Gosto muito de participar deste universo incrível, que fala sobre amizade e companheirismo”.
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de abril de 2022, edição nº 2784
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