Caso Richthofen ganha novo filme com Carla Diaz
Terceiro filme inspirado no caso que chocou o Brasil ainda possui maneirismos, mas a investigação como um todo prende a atenção
✪✪✪ Se os dois primeiros filmes da trilogia A Menina que Matou os Pais – baseados nos depoimentos controversos de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos – frustraram parte do público, o último capítulo, intitulado A Menina que Matou os Pais – A Confissão, vem para fechar a adaptação de uma forma mais fundamentada.
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Agora, a essência é a investigação iniciada logo após os brutais assassinatos de Marísia e Manfred Richthofen, ocorridos em um bairro nobre de São Paulo em 2002. Carla Diaz, Leonardo Bittencourt e Allan Souza Lima retornam aos papéis de Suzane, Daniel e Cristian Cravinhos, responsáveis pelo crime.
Na pele da principal investigadora do caso, está a atriz Bárbara Colen, que faz um bom trabalho. Essa etapa da história consegue ser mais crível por tratar justamente das inconstâncias que o trio responsável contou à polícia na época. O desenrolar da trama prende a atenção – especialmente para quem acompanhou o caso em tempo real há 20 anos.
O filme dirigido por Mauricio Eça possui menos maneirismos quando comparado aos seus antecessores, mas algumas passagens (especialmente no terço final, quando a polícia enfim descobre que os jovens têm culpa) possuem atuações acima do tom. Disponível no Prime Video a partir desta sexta (27).
Publicado em VEJA São Paulo de 27 de outubro de 2023, edição nº 2865