✪✪✪ Na Olimpíada do Rio, em 2016, a história da atleta síria Yusra Mardini rodou o mundo. Ela representou o time de refugiados na natação e jogou luz para uma questão humanitária que ainda parece longe de ser solucionada.
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As Nadadoras, na Netflix, reconstitui a trajetória de Yusra e sua irmã Sara (interpretadas por Nathalie Issa e Manal Issa, também irmãs na vida real) e é um dos sucessos recentes da plataforma. A trama começa no país natal da dupla, onde os treinos nas piscinas dividem espaço com bombardeios.
Mesmo com a resistência dos pais, Yusra e Sara estão convencidas de que a fuga para a Europa é a saída para uma vida melhor. Elas atravessam a rota da imigração ilegal e o caminho é espinhoso. Com uma trama carregada de dramaticidade, a diretora Sally El Hosaini tem em mãos um material farto.
Seu mérito é saber dosar momentos grandiosos — a travessia no mar é de uma agonia quase insuportável — com outros em que a troca de olhar entre irmãs já diz tudo.
Publicado em VEJA São Paulo de 14 de dezembro de 2022, edição nº 2819
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