Publicitário emagrece mais de 10 quilos com corrida e dieta da sopa
O publicitário Ricardo Chester, de 47 anos, era um apaixonado praticante de tênis. Mas há seis anos, para perder peso, decidiu começar a correr. O início foi na esteira, em casa mesmo. Ele fazia 20 minutos, depois passou para 25, atingiu meia hora, até chegar a uma hora. Correr 10 quilômetros, três vezes por semana, […]
O publicitário Ricardo Chester, de 47 anos, era um apaixonado praticante de tênis. Mas há seis anos, para perder peso, decidiu começar a correr. O início foi na esteira, em casa mesmo. Ele fazia 20 minutos, depois passou para 25, atingiu meia hora, até chegar a uma hora. Correr 10 quilômetros, três vezes por semana, tornou-se rotina. Até que ganhou de um sobrinho um kit de uma prova.
“Não tinha a menor ideia de onde estava me metendo. Fui para a USP às seis da manhã de um domingo achando que seria um evento de umas 500 pessoas. Eram 20 000! Depois desse dia, nunca mais deixei a corrida – o tênis, sim”, conta.
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Correndo, ele conseguiu baixar os ponteiros da balança. Foi de 98 para 88 quilos, o que considera ideal para seu 1,87 metros de altura. E o que é melhor: vem mantendo o peso ao longo dos anos. Mais leve, Chester começou a se aventurar também em distâncias maiores. Já fez nove maratonas – a melhor delas em Chicago, em 2013, com o tempo de 03h58m33s.
Foi durante a preparação para essa prova, inclusive, que decidiu enxugar um pouco mais seu peso e fazer ajustes em sua dieta, chegando a 85,5 quilos. “Ali, pude sentir pela primeira vez a diferença que é você entrar mais forte e magro em uma prova. A corrida fica mais tranquila e você desfruta mais das suas quatro horas de exercício contínuo. Então, para a Maratona de Chicago 2014, vou repetir a dose. Quero chegar lá uns quatro ou cinco quilos mais leve do que agora.”
Dieta
E como uma brincadeira, o publicitário começou a compartilhar entre os amigos, pelas redes sociais, o que ele apelidou de #dietadosinferno. Mas, na real, não se trata de um programa restritivo. Seu café da manhã é normal. O almoço – feito em um restaurante bom e barato perto do trabalho – é vegetariano nos dias úteis. Seus lanches intermediários são frutas ou barrinhas de cereais. À noite, ele vai de sopa. “Eu sou glutão, não escondo. Mas como não consumo bebidas alcoólicas, não sou muito chegado a doces e sorvetes, mesmo me alimentando com quantidades mais generosas, saio pouco da linha”, revela.
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Para os curiosos, a sopa, que é a grande “estrela” do cardápio do Chester, na verdade é um creme de legumes cozidos e batidos no liquidificador. “Foi ideia minha, porque assim não fico com a sensação de estômago muito cheio ao dormir. De vez em quando procuro ajuda de uma nutricionista, mas aviso logo na primeira consulta que o radicalismo não é comigo. Na prática, por mais saudável que seja, você ficar cinco meses sem um pastel de queijo ou uma concha de feijão cheia de Nutella, cá entre nós, é que é um inferno.”
Se você também está querendo baixar os ponteiros da balança e vencer o cronômetro na corrida, o publicitário dá algumas dicas:
1) “não tomar refrigerante (mesmo os diets)”;
2) “tirar o miolo do pão e comer só metade dele”;
3) “cortar frituras, sorvete de massa e álcool”;
4) “se for para chutar o balde, que seja em apenas um dos dias do fim-de-semana”;
5) “encha a gaveta do trabalho de barrinha e coma pelo menos uma fruta por dia”;
6) “use suplementos vitamínicos multifuncionais para ter a sensação de que não está devendo nada ao organismo, mesmo tirando tanto dele com o exercício e com a dieta”;
7) “faça um mega e detalhado check-up de coração e sangue antes de tudo isso. Às vezes a gente acha que está emagrecendo e, na verdade, só está deixando o terreno livre para problemas de saúde depois”.
Para o futuro, o publicitário só deseja continuar em condições físicas para correr suas maratonas. “Gostaria de fazer Londres, Tóquio, Roma e Berlim. Essa sensação de correr e ver milhões de pessoas nas ruas gritando o seu nome é algo difícil de explicar. Deve ser a mesma sensação dos grandes astros do rock depois de um show. E deve ser por isso – por conta dessa sensação – que nenhum dele quer se aposentar”, diz.
A história do Chester só vem reforçar que não existem milagres e que manter a linha e ter boa saúde é mesmo uma questão de equilíbrio. Inspire-se e saiba onde encontrar bons parques para correr na página de Esporte de VEJASAOPAULO.COM.