Correr sem o relógio ou marcador é uma boa experiência para conhecer seus instintos Crédito: Latin Stock
Pensa que treinador é diferente de corredor? Eu também dou minhas corridinhas e tenho minhas manias e desafios, tanto quanto qualquer pessoa que pratique esporte. E hoje foi um dia que eu me propus a fazer uma coisa diferente: sai de manhã para correr meus nove quilômetros, sem relógio.
Sou um grande defensor do cronômetro/monitor cardíaco e acho que é de extrema importância controlar a frequência dentro do treino. Tanto que a ideia é usá-lo para entender o que acontece com seu corpo, encontrar seu ritmo e fazer o exercício de forma segura, aprendendo a identificar, inclusive, qual é o momento de parar ou continuar.
Mas não é para ficar bitolado na tecnologia… De vez em quando é muito bom sair livre, leve e solto. Recomendo que você também faça a experiência: deixe o relógio em casa, determine uma distância e um ritmo a ser seguido. É um ótimo trabalho de autoconhecimento.
Quando comecei o trajeto, sabia exatamente a distância do meu percurso e calculei percorrê-la por volta de 51 minutos – o que daria 5 minutos e 40 segundos por quilômetro. Parti. Logo encaixei o ritmo planejado. Por alguns instantes pensei até que pudesse estar um pouco mais rápido – conhecendo meu corpo como eu conheço – e o instinto me fazia olhar para o pulso em busca do relógio.
Quando finalmente terminei e chequei o tempo, vi que meu ritmo médio tinha sido 20 a 25 segundos a menos do que o estipulado no início. Ou seja, fiz os nove quilômetros a 5 minutos e 19 segundos por quilômetro, fechando em aproximadamente 48 minutos. Errei no cálculo? Mais ou menos, porque, como eu disse, durante a corrida senti que estava um pouco mais forte.
Tenho certeza de que, aos poucos, a gente vai fazendo um ajuste fino até chegar o dia em que o relógio interno estará super sincronizado com o de pulso. Faça o teste você também e conte para a gente!
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