“Reis e Ratos”
Por Miguel Barbieri Jr. A comédia não chega a ser um desastre completo, mas é muito frustrante, sobretudo pelos nomes envolvidos. No elenco, estão três dos mais ativos e melhores atores jovens do cinema: Selton Mello, Rodrigo Santoro e Cauã Reymond. A direção é de Mauro Lima, do ótimo “Meu Nome Não É Johnny” (2008). […]
Por Miguel Barbieri Jr.
A comédia não chega a ser um desastre completo, mas é muito frustrante, sobretudo pelos nomes envolvidos. No elenco, estão três dos mais ativos e melhores atores jovens do cinema: Selton Mello, Rodrigo Santoro e Cauã Reymond. A direção é de Mauro Lima, do ótimo “Meu Nome Não É Johnny” (2008). Em requintada produção de época, a história ambienta-se em 1963, às vésperas do golpe militar no Brasil. A trama, emoldurada em fotografia ora em preto e branco, ora colorida, acompanha uma série de personagens. Em resumo, trata-se de uma conspiração que o agente da CIA Troy Somerset (Selton Mello), americano radicado em Copacabana, quer desvendar com a ajuda de um major da Aeronáutica (Otávio Müller). Faz parte da jogada uma cantora gaúcha (Rafaela Mandelli), influenciada a participar de um atentado contra o fictício presidente brasileiro. Embora numa caracterização impressionante, deixando-o seboso e feio, Rodrigo Santoro tem um papel dispensável. Cauã, pouco à vontade, surge como um radialista afetado que, a cada transe inexplicável, recebe mensagens em russo. Quem mais entendeu o espírito debochado da coisa foi Selton Mello, radicalizando na atuação caricata. Embora a pretensão seja a do humor popular, o filme abusa do enredo complexo. As piadinhas intelectualizadas também não ajudam na empatia com o espectador.
Avaliação ✪✪
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