“Heleno”
Por Miguel Barbieri Jr. Certamente, a maioria das pessoas que vai pegar uma sessão deste drama biográfico não sabe quem foi Heleno de Freitas. Seria, portanto, tarefa do roteiro (escrito a seis mãos) explicar. Por opção dos envolvidos no longa-metragem, a história foca muito mais em sua vida pessoal e nos atritos enquanto jogador do […]
Por Miguel Barbieri Jr.
Certamente, a maioria das pessoas que vai pegar uma sessão deste drama biográfico não sabe quem foi Heleno de Freitas. Seria, portanto, tarefa do roteiro (escrito a seis mãos) explicar. Por opção dos envolvidos no longa-metragem, a história foca muito mais em sua vida pessoal e nos atritos enquanto jogador do que em suas façanhas no campo. Por ser um filme sobre um craque, há muito blábláblá e pouco futebol. Embora um belíssimo trabalho de Walter Carvalho (diretor do documentário sobre Raul Seixas), a fotografia em preto e branco também pode afastar o grande público, assim como a narrativa cheia de muitos vaivéns no tempo. Caso fosse contada cronologicamente, a trajetória de Heleno (1920-1959) talvez rendesse mais emoção. Do jeito escolhido, tende a aborrecer. Mas, diante de equívocos, há acertos, como a impecável recriação de época e atuação de Rodrigo Santoro, que emagreceu 12 quilos para interpretar o protagonista em sua fase terminal. Heleno, mineiro de São João Nepomuceno, teve o auge de sua carreira na década de 40 como artilheiro do Botafogo. Rodeado de mulheres, sifilítico e viciado em éter, foi, aos poucos, revelando seu gênio intempestivo e perdendo a esposa que amava (papel de Alinne Moraes). A colombiana Angie Cepeda interpreta uma cantora e amante de Heleno.
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AVALIAÇÃO ✪✪