Imagem Blog

Cine Vejinha

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Tudo sobre cinema, estreias e os melhores filmes
Continua após publicidade

“Deus da Carnificina”

Por Tiago Faria   O cineasta franco-polonês Roman Polanski estava confinado em seu chalé suíço quando começou a desenvolver a comédia “Deus da Carnificina”. Era início de 2010. Enquanto os jornais relembravam o motivo escandaloso da prisão domiciliar — o abuso sexual cometido em 1977 contra uma adolescente de 13 anos —, ele se afeiçoava […]

Por VEJASP
Atualizado em 10 set 2024, 17h08 - Publicado em 8 jun 2012, 17h03
 (/)
Continua após publicidade

Por Tiago Faria

 

“Deus da Carnificina”: os selvagens ocupam a sala de estar

O cineasta franco-polonês Roman Polanski estava confinado em seu chalé suíço quando começou a desenvolver a comédia “Deus da Carnificina”. Era início de 2010. Enquanto os jornais relembravam o motivo escandaloso da prisão domiciliar — o abuso sexual cometido em 1977 contra uma adolescente de 13 anos —, ele se afeiçoava mais e mais à peça teatral da francesa Yasmina Reza, encenada em São Paulo no ano passado. A identificação fazia sentido: compacto, o texto original isolava personagens e público entre as paredes de um apartamento. Proibido de entrar nos Estados Unidos, o autor de “O Pianista” usou efeitos visuais e um estúdio parisiense para ambientar a história em Nova York. Selecionado para a competição do Festival de Veneza de 2011, o longa-metragem não trai em nada o espírito da dramaturgia e, com um elenco afiado, perfila as obsessões (e as ironias irresistíveis) do realizador de dramas igualmente asfixiantes, como “Faca na Água”, “O Bebê de Rosemary” e “A Morte e a Donzela”. Desta vez, porém, ele dá preferência a um humor cáustico e nervoso. Uma breve cena externa abre e fecha a trama. Dois meninos brigam, e um deles leva uma surra. A partir daí, o roteiro concentra-se na guerra entre dois casais de classe média alta. A fim de selarem um acordo de paz, Michael e Penelope Longstreet (papéis de John C. Reilly e Jodie Foster), pais da vítima, recebem em sua casa Nancy e Alan Cowan (Kate Winslet e Christoph Waltz), cujo rebento iniciou a crise. Ao implodir a polidez de tipos supostamente tão sensatos, o diretor dispara uma provocação contra a hipocrisia dos politicamente corretos. Os selvagens, aqui, ocupam a sala de estar.

Continua após a publicidade

+ Os melhores filmes em cartaz; salas e horários
+ Onde assistir a “Deus da Carnificina”

AVALIAÇÃO ✪✪✪

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.