“A Dama de Ferro”
Por Miguel Barbieri Jr. Vai ser boa a disputa pelo Oscar de melhor atriz, que ocorre na cerimônia do domingo (26). Enquanto Meryl Streep foi premiada em várias associações, incluindo o prestigiado Globo de Ouro, Viola Davis (de “Histórias Cruzadas”) ganhou no sindicato dos atores. Em sua 17ª indicação (mais um recorde!), Meryl está tão […]
Por Miguel Barbieri Jr.
Vai ser boa a disputa pelo Oscar de melhor atriz, que ocorre na cerimônia do domingo (26). Enquanto Meryl Streep foi premiada em várias associações, incluindo o prestigiado Globo de Ouro, Viola Davis (de “Histórias Cruzadas”) ganhou no sindicato dos atores. Em sua 17ª indicação (mais um recorde!), Meryl está tão magnífica na pele de Margaret Thatcher que fica difícil encontrar outro desempenho à altura. Também se mostram surpreendentes a direção da inglesa Phyllida Lloyd (do decepcionante musical “Mamma Mia!”) e o roteiro de Abi Morgan (do ainda inédito “Shame”). Nele, Abi não se deteve numa biografia convencional: preferiu recorrer às lembranças da ex-primeira ministra britânica sob o ponto de vista dela. A trama alterna passado e presente. Flagra Thatcher ainda na juventude (vivida por Alexandra Roach) como uma impulsiva estudante que, em 1959, se elege parlamentar. Em sua escalada política, vira líder do partido conservador em 1975 e, quatro anos depois, torna-se primeira-ministra, a única mulher neste cargo na Inglaterra. Suas polêmicas ações no poder também são rememoradas no vaivém da narrativa. No tempo atual, a protagonista, já envergada pela idade e sob uma formidável maquiagem de envelhecimento (não à toa indicada ao Oscar), é tomada por lapsos de memória. Tanto na maturidade quanto na velhice da personagem, Meryl mostra uma interpretação extraordinária.
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Avaliação: ✪✪✪✪