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Bob Fonseca - Cerveja na Mesa

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As boas novidades do Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau

É um salão do automóvel para aficionados por carros, uma Comic-Con para o fissurado em quadrinhos, a extensa filial de uma loja europeia de cosméticos e/ou roupas para fãs de moda – e vou encerrar por aqui as comparações, antes que elas se tornem mais esdrúxulas. Mas o fato é que, para “caçadores” de cerveja, […]

Por Tiago Faria Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 fev 2017, 22h31 - Publicado em 14 mar 2014, 17h36
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As boas novidades do Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau

Foto: Daniel Zimmermann

É um salão do automóvel para aficionados por carros, uma Comic-Con para o fissurado em quadrinhos, a extensa filial de uma loja europeia de cosméticos e/ou roupas para fãs de moda – e vou encerrar por aqui as comparações, antes que elas se tornem mais esdrúxulas. Mas o fato é que, para “caçadores” de cerveja, um festival que reúna produtores nacionais e uma grande quantidade de novidades torna-se um estímulo interminável para os olhos, boca e nariz. Foi essa minha sensação ao perambular por dois dias no Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau (SC), que vai até amanhã.

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Quem não conseguir ir ao evento na Vila Germânica pode se acalmar antes de me xingar pelas cervejas que descreverei abaixo; Boa parte delas chegará ao mercado em breve. Entre os cerca de 40 rótulos que degustei nos dois dias – em amostras de apenas 50 ml a 100 ml, é bom ressaltar -, foi possível apontar algumas tendências cervejeiras nacionais para 2014 e para os próximos anos.

As boas novidades do Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau

1)  Witbiers: as cervejas de trigo belgas, que levam casca de laranja e sementes de coentro na composição, tiveram um aumento expressivo no total de inscritos do Campeonato Brasileiro de Cerveja de 2014, evento que antecede o festival. Havia 13 rótulos de produtores nacionais. Alguns deles começam a ser vendidos este ano, caso das catarinenses Schornstein Blanche de Maison, medalha de prata no torneio, da Bierland Oceânica e da Baden Baden Witbier. A DUM, do Paraná, colocou à venda uma versão “turbinada” do estilo, batizada de Grand Cru, com cerca de 9% de teor alcoólico.

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2) Cervejas ácidas: a melhor cerveja que provei no Festival – e que, infelizmente, não tem previsão comercial – aliou notas ácidas a um aroma complexo de madeiras, resultado do blend de uma cerveja de trigo de 9,3% em diversos barris, como amburana, carvalho e cabreúva. Trata-se da Wheat Wine Sour, da paranaense Morada Cia. Etílica. Do mesmo Estado, e em lançamento comercial, a Way apresentou a linha Sour Me Not, de cervejas ácidas nas versões graviola, acerola e morango. Provei no evento a de acerola, que tem bom equilíbrio entre notas ácidas da cerveja e da própria fruta.

As boas novidades do Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau

3) Invasão gaúcha: se em 2013 os paranaenses dominaram as atenções, este ano o festival teve boas novidades do Rio Grande do Sul. A Maniba levou medalha de ouro com a Black Metal IPA, uma India Black Ale (versão da IPA com maltes escuros). Já a Baldhead apresentou a boa Kojak American IPA – sim, como sugere o nome, a cervejaria homenageou o famoso e careca personagem de Telly Savalas -, com potentes notas cítricas de lúpulo. De terras gaúchas também foram levadas ao evento boas cervejas de inspiração inglesa, como a English IPA da Lagom – servida no pump, ou bomba de mão, tal qual ocorre nos pubs britânicos – e a Bitter da Babel. Por ora, as quatro gaúchas são encontradas apenas em seu Estado natal; para manter o máximo de aromas, em especial de lúpulo, seus produtores não pretendem pasteurizá-las, o que torna sua vinda para São Paulo dependente de uma cadeia fria de transporte.

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4) Session beers: são versões menos alcoólicas de estilos conhecidos, como India Pale Ale e Stout, produzidas para consumo em quantidades maiores sem, contudo, precisarem ser apagadas em termos de aroma e sabor. Foram lançadas no festival a Limbo, Stout de 3,7% da gaúcha Seasons; a Wäls Session!, American Pale Ale de 3,9%; e a Funk IPA, com 4,7%, da carioca 2Cabeças.

5) Madeira: cervejaria mais premiada da competição pelo segundo ano, a Bodebrown, do Paraná, tem uma série de experimentos de seus rótulos com maturação em madeira. O que mais me chamou a atenção foi a Atomga, uma Imperial Stout maturada em barris de Bourbon, que une notas de chocolate e licorosas com baunilha e leve defumado da madeira. De Santa Catarina, a Das Bier também apresentou uma Strong Scotch Ale com maturação em carvalho.

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6) Tradição renovada: embora a escola cervejeira alemã seja uma das mais clássicas do mundo, ela também tem espaço para surpresas. A Bamberg, de Votorantim (SP), criou a Franconian Rhapsody, que une as notas de malte e leve lúpulo floral da Helles com uma pegada defumada – encontrada, geralmente, nas Rauchbiers da Francônia. De Porto Alegre, a Abadessa levou ao festival a boa Eisbock. Obtida pelo congelamento e concentração de uma Doppelbock de 7,2% (a Emigrator), ela atinge 17,5% ou mais. Descongelada apenas na hora de ser servida ao cliente, ela cobre perigosamente sua força alcoólica com notas tostadas, de chocolate e corpo denso.

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