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As alternativas ao sacrifício de cães com leishmaniose

Existe no mercado um único medicamento capaz de conter a doença nos cachorros infectados; coleira e vacina ajudam a prevenir

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 mar 2018, 21h01 - Publicado em 16 mar 2018, 19h27
 (Shutterstock/Wikimedia Commons/Veja SP)
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A escalada no estado da leishmaniose, transmitida pelo mosquito-palha, tem preocupado muitos donos de cães. O motivo? Em caso de infecção, o Ministério da Saúde recomenda que esses animais sejam sacrificados para impedir que a doença contamine mais humanos. Os cachorros não transmitem diretamente o parasita ao homem, porém, quanto mais pets afetados, aumenta o número de possíveis insetos transmissores. Mas há outras alternativas à eutanásia.

Não existe vacina contra a leishmaniose para humanos, mas os cães podem ser imunizados. A má notícia é que, segundo o Ministério da Saúde, não há estudos que comprovem que a vacinação dos cachorros sirva para diminuir a incidência da doença nos humanos e, por isso a pasta não considera essa alternativa ferramenta de saúde pública.

Entidades protetoras de animais criticam a postura do governo. Desde 2012, a ONG paulistana Arca Brasil atua na campanha O Cão Não É o Vilão, que divulga os métodos preventivos e luta por mudanças na lei. “A Europa baniu a prática da eutanásia há anos”, aponta a veterinária Fernada Kerr.

Nos animais e nos humanos, é comum que o problema demore a ser percebido. Nos cães, os principais sinais da doença são perda de pelos, magreza excessiva, crescimento anormal das unhas e, nas fases finais, insuficiência renal. Fernanda recomenda buscar um veterinário especializado o mais rapidamente possível. “Quanto mais cedo, maiores são as chances de melhora. Além disso, mesmo com o resultado positivo, nem sempre a doença se manifesta“, diz.

Para os cães já contaminados, existe no mercado um único medicamento capaz de conter a doença. A miltefosina, do laboratório francês Virbac, foi liberada em 2016 pelos Ministérios da Saúde e da Agricultura para uso veterinário.

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Em 28 dias, o tratamento reduz a níveis baixos a carga parasitária da doença, e o cão deixa de ser considerado “reservatório” para os mosquitos. É importante que o pet seja reavaliado a cada quatro meses para saber se há necessidade de um novo ciclo de tratamento.

Mas investimento é salgado: o frasco de 90 ml em farmácias e casas veterinárias gira em torno de 1 800 reais. É o suficiente para completar o ciclo em cães de até 30 quilos.

Há também as chamadas coleiras parasitárias, que protegem o bicho contra picadas de mosquito. Custam entre 60 e 80 reais.

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