Química no cabelo: quais os sinais de que o procedimento pode fazer mal
Mulher teve necrose na cabeça após fazer luzes; saiba como se proteger
A estudante Mariana Nunes, de 31 anos, passou momentos de apuro ao realizar luzes no cabelo em abril do ano passado. O procedimento realizado em um salão no Tatuapé causou ferimentos irreversíveis em seu couro cabeludo. Logo após o ocorrido, ela chegou a ter necrose na cabeça e privou-se do convívio social, por medo de infecção.
Após o caso, conversamos com a coordenadora do departamento de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Alessandra Romiti, para entender quais os cuidados ao realizar químicas no cabelo e quais sinais de alerta quando o procedimento pode fazer mal.
“No caso dos produtos que encostam no couro cabeludo, o primeiro risco são os processos alérgicos, as chamadas dermatites de contato”, explica. “Tem que conhecer o estabelecimento onde o procedimento será feito, pedir para ver a embalagem, saber se usam o produto original, porque tem lugares que aproveitam a embalagem para colocar fórmulas mais fortes, para ter um efeito maior”, sugere.
Outro passo importante é ler o rótulo do produto em busca de itens dos quais a cliente possa ter alergias. “Uma vez passado no couro cabeludo, caso a pessoa sinta queimação, reação ou coceira, é preciso lavar imediatamente com água e sabão neutro”, diz Alessandra. Se o incômodo for grande, com dores e sensação de queimação, a profissional sugere buscar por uma dermatologista. “Se as queimaduras forem tratadas de maneira rápida e adequada, com pomadas, o caso pode ser encerrado sem sequelas”, completa. Do contrário, a cicatrização poderá causar a perda irreversível dos fios, como ocorreu com Mariana.
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