Vik Muniz flerta com Picasso em nova exposição
Obras, vistas a partir de 10 de novembro na galeria Nara Roesler, nasceram de pesquisa sobre cubismo e trabalhos criados por Georges Braque e Juan Gris
A partir de 10 de novembro, o público paulistano poderá ver na galeria Nara Roesler uma nova exposição de Vik Muniz, chamada Fotocubismo. Os trabalhos, em papel, nasceram de uma pesquisa acerca do cubismo, como sinaliza o título, e, por conseguinte, de um diálogo mais evidente com Pablo Picasso (1881-1973), Georges Braque (1882-1963) e Juan Gris (1887-1927).
A produção desse conjunto passa também pela investigação da memória e da ambiguidade da representação imagética. Esse último ponto já era bastante evidente na trajetória do artista paulistano, mas pelo viés do uso de elementos, vindos da reciclagem, na construção de retratos.
Isso nos faz crer que essa nova exposição de Vik Muniz faz uma ponte com seus “antigos trabalhos”, vistos, por exemplo, no filme Lixo Extraordinário, a partir de uma leitura menos ventilada até então que parte de um comentário estético. Mas veremos: a exposição não abriu ainda e é preciso encarar os trabalhos antes para tentar cravar qualquer comentário.
Sendo assim, vale reforçar informações de serviço. Fotocubismo fica em cartaz de 10 de novembro a 18 de dezembro. A visitação ocorre de segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, de 11h às 15h, na Nara Roesler. A entrada é gratuita.
No dia 8 de dezembro, também na galeria, o novo livro de Vik Muniz é lançado. Se chama Epistemas, traz trabalhos recentes e conta com textos da crítica e curadora brasileira Luísa Duarte e do cientista e escritor inglês Phillip Ball.
Obrigada pela visita. Você pode conferir mais informações sobre artes visuais Instagram da crítica de arte e repórter Tatiane de Assis.