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Alec Baldwin apontava arma para câmera no momento do disparo

Diretor do filme, Joel Souza relembrou o acidente em depoimento e disse ter escutado um estalo alto antes de Halyna Hutchins ser atingida

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 out 2021, 11h44

O ator Alec Baldwin, responsável por matar acidentalmente a diretora de fotografia Halyna Hutchins, estava apontando a arma para uma câmera no set de Rust quando a pistola disparou, segundo depoimento do diretor do filme, Joel Souza. A tragédia aconteceu na última quinta-feira (21) no estado americano do Novo México.

De acordo com Souza, Baldwin recebeu a arma sob a orientação de que ela estava descarregada. Após ouvir um estalo alto, o diretor afirmou ter ouvido Halyna reclamar de uma dor no estômago e tropeçar para trás. O cinegrafista Reid Russel falou em seu depoimento que a diretora de fotografia dizia que não estava mais sentindo as pernas um tempo depois do disparo.

Halyna Hutchins chegou a ser levada de helicóptero ao hospital da Universidade do Novo México, mas não resistiu aos ferimentos. Souza foi encaminhado de ambulância a um centro médico após ser atingido de raspão, mas já recebeu alta.

foto preto e branco de halyna usando chapéu com a parte de trás da mão apoiada no rosto e olhando para a câmera
Quem foi Halyna Hutchins, diretora de fotografia do filme “Rust”, que foi morta no set de filmagens após tiro acidental de arma cenográfica de Alec Baldwin (Reprodução/Instagram/Veja SP)

Quem foi Halyna Hutchins

Diretora de fotografia, Halyna era considerada uma “estrela em ascensão” pela indústria cinematográfica. De acordo com seu site profissional, ela nasceu na Ucrânia e cresceu em uma base militar soviética no Circulo Polar Ártico. Cursou jornalismo na Universidade Nacional de Kiev, em seu país-natal, e trabalhou como jornalista investigativa em produções documentais na Europa até se mudar para os Estados Unidos para estudar cinema. Já em Los Angeles, ela se formou no American Film Institute em 2015. 

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Halyna atuava como diretora de fotografia desde 2012, até mesmo antes de se formar em cinema, e trabalhou com diversas produções de pequeno e médio porte, como curtas, programas para a TV e filmes em cargos como cineasta, diretora de fotografia, diretora, operando câmeras e até atriz. Segundo o site IMDB, Halyna foi creditada em 49 produções de filmes, TV e vídeo durante sua carreira.

Seu trabalho mais conhecido no cinema foi no filme Archenemy (2020), uma produção independente de super-heróis, em que atuou como diretora de fotografia. Ela também desenvolveu essa função em Blindfire (2020) e The Mad Hatter (2021). Seu trabalho mais famoso na TV foi A Luv Tale: The Series, exibida pela rede BET+ entre 2018 e 2021. 

A revista American Cinematographer chegou a nomear a profissional como uma “estrela em ascensão” no ano de 2019. Com um elenco conhecido e uma produção de maior aporte, Rust seria porta de entrada de Halyna em grandes produções. Em entrevista à CNN Internacional, o diretor de Archenemy Adam Egypt Mortimer, disse que o fato de ela morrer em um set é “realmente inacreditável”. Para ele, “Halyna era uma artista incrível que estava começando uma carreira, acho que as pessoas estavam realmente começando a notar”. Em um tweet, ele disse que ela tinha “uma mente brilhante”.

O Conservatório AFI, uma escola de cinema que integra o American Film Institute, fez uma postagem nas redes sociais nesta sexta-feira (22) em homenagem à Halyna: “Como é profundamente verdadeiro na arte da cinematografia, as palavras por si só não podem capturar a perda de alguém tão querido para a comunidade AFI. Na AFI, prometemos que Halyna Hutchins viverá no espírito de todos os que se esforçam para ver seus sonhos realizados em histórias bem contadas.”

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Em sua página do Instagram, Halyna Hutchins se descrevia como uma “sonhadora inquieta, viciada em adrenalina e diretora de fotografia”. Ela compartilhava fotos durante sua estadia no set de Rust e em sua última publicação, na quarta-feira (20), ela aparece andando a cavalo e disse, na legenda: “Uma das vantagens de gravar um filme de velho-oeste é poder andar a cavalo no seu dia de folga”.

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