Arte ao Redor | VEJA SÃO PAULO

Até 3 de outubro, fica no ar o projeto Animal Crepuscular, dedicado à produção de Thiago Martins de Melo. Ele foi erguido junto com o designer Raul Luna, o curador Germano Dushá e a especialista em mercado de arte Vivian Gandelsman.

Não se trata de um portfólio nem de uma mostra virtual que busca traduzir na internet um trajeto presencial. É uma experiência de arte em meio digital, que produz algo novo a partir do diálogo entre informática e questões presentes nos trabalhos de Thiago. Dessa forma, o que se vê no primeiro capítulo é um passeio em 360 graus pela turbulenta e plural narrativa proposta pelo maranhense.

Amazônia Mega Drive: experiência de arte em meio digital (Divulgação/Divulgação)

Por meio de imagens pormenorizadas de personagens e elementos, é possível sentir a rapidez das pinceladas e o seu gosto pelo excesso de tinta. A ideia de corpos em ofensiva, comum nas esculturas de Thiago, aparece ali também. A tensão escorre.

Mais adiante, no segundo capítulo, chamado Amazônia Mega Drive, reencontramos o ritmo frenético de vídeos anteriores do artista, agora transportados para uma narrativa fragmentada, composta de espécies de “cartas-gifs”, que nascem e morrem a cada instante.

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desmatamentocerto jpeg — Amazônia Mega Drive: experiência de arte em meio digital (Divulgação/Divulgação)

As referências ao mundo gamer são constantes. Na derradeira etapa, encontramos um vídeo inédito, com momentos iniciais de silêncio e tipografia etérea, que logo é interrompida. Depois, resta então navegar pelos rios calmos dos textos e do podcast também disponibilizados por lá.

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Publicado em VEJA São Paulo de 23 de setembro de 2020, edição nº 2705