Mural gigante no centro traz releitura de O Lavrador de Café, de Portinari
Para reproduzir a obra, que faz crítica ao desmatamento, o artista Mundano utilizou tinta à base de cinzas coletadas em quatro biomas brasileiros
São Paulo ganhou mais um mural gigante, do artista Mundano, e próximo à passarela da Rua 25 de Março. Ele fez uma atualização da pintura O Lavrador de Café (1934), de Candido Portinari (1903-1962). “É uma das poucas telas modernistas que falam da destruição da natureza. Traz o agronegócio da época, a monocultura do café”, explica. O protagonista da releitura é Vinícius Curva de Vento, que trabalha com bioconstrução na Chapada dos Veadeiros (GO) e atua como brigadista voluntário de queimadas na região. A tinta usada é um ponto à parte, foi produzida a partir de cinzas coletadas em quatro biomas: cerrado, Amazônia, Mata Atlântica e pantanal. Foram adicionados ao pó tinta sintética e verniz. O processo de produção durou duas semanas, do dia 1º ao dia 18. Pouco tempo, pensando nas dimensões da obra: cerca de 46 metros de altura por 23 metros de largura.
> Edifício Sucupira, Rua Capitão-Mor Jerônimo Leitão, 108, Santa Ifigênia.
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Publicado em VEJA São Paulo de 10 de novembro de 2021, edição nº 2763