Roberto Macedo: o inventor do churrasco de qualidade com badalação
Entre os prêmios que a edição especial “Comer& Beber” de VEJA SÃO PAULO atribui anualmente, o único que não é feito por eleição de um júri especializado e constitui-se de uma escolha da redação de VEJA SÃO PAULO é a personalidade gastronômica do ano. +Leia mais sobre Roberto Macedo Na última edição, foi escolhido Roberto […]
Entre os prêmios que a edição especial “Comer& Beber” de VEJA SÃO PAULO atribui anualmente, o único que não é feito por eleição de um júri especializado e constitui-se de uma escolha da redação de VEJA SÃO PAULO é a personalidade gastronômica do ano.
+Leia mais sobre Roberto Macedo
Na última edição, foi escolhido Roberto Macedo, ou Roberto Regis Veludo Macedo, proprietário do Rodeio. Ao subir no palco para recebeu a placa com a homenagem, foi ovacionado. Não por acaso. Embora fosse um homem discreto, tornou sua churrascaria no ponto mais baladado dos Jardins, cujo auge foi nos anos 1970 e 1980. Cabe lembrar que houve um auge, mas o Rodeio nunca saiu de moda. O restaurateur morreu aos 75 anos em 19 de novembro, vítima de um hemorragia no aparelho digestivo.
Raramente conheço donos de restaurantes pessoalmente, a não ser que tenha de entrevistá-los ou os encontre por acaso em alguma situação fora de restaurantes. Ou ainda quando estou visitando o estabelecimento e dou de cara com o proprietário, que acaba me reconhecendo.
Nunca tinha conversado “ao vivo” com Macedo antes da entrevista feita no fim de agosto justamente para o escrever o texto de homenagem que a revista fez a ele.
Fui um dos papos mais agradáveis que já tive.
Eu o encontrei no escritório muito simples no qual ele trabalhava com as filhas Silvia e Sandra, seus braços direitor na administração das duas casas — a unidade dos Jardins e a filial no Shopping Iguatemi. Era impossível não notar a devoção dele ao São Paulo. O símbolo do time estava estampado na porta do escritório e também alguns peças de decoração colocadas na sala de trabalho.
Foi uma conversa longa e das mais agradáveis. “Seu Roberto” era um homem brincalhão, divertido mesmo, uma pessoa de bem com a vida.
Fiquei sabendo em detalhes como o pai e ele mais o irmão gêmeo, Fernando, compraram a churarscaria em estilo gaúcho. Liderando o trio e depois sozinho, Roberto ajudou a tornar o Rodeio uma referência em duas artes: a de comer bem e de ver e ser visto. O Rodeio se transformou em sinônimo de badalação.
Uma marca que prossegue agora justamente com as filhas de Roberto, para que ele genialmente soube passar o bastão.