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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas no YouTube. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Morre José de Almeida (1938-2025), fundador do Mocotó

O pai do chef Rodrigo Oliveira partiu aos 86 anos neste domingo de Carnaval

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 mar 2025, 19h26 - Publicado em 2 mar 2025, 19h25
Um homem de avental de listras brancas e pretas em um cozinha com uma panela de pressão nas mãos
José Almeida: contribuição inestimável para dar a devida nobreza à cozinha do sertão nordestino (Ricardo Dangelo/Divulgação)
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Cozinheiro de predicados, Rodrigo Oliveira se tornou a imagem do Mocotó. Muito antes de o chef virar uma estrela cuja fama cruzou o Brasil de norte a sul e de leste a oeste e chegou a horizontes internacionais, José de Almeida, o pai de Rodrigo, deu início ao negócio.

Seu Zé, que partiu aos 86 anos neste domingo de Carnaval e foi se encontrar com a esposa, dona Lourdes, fundou na periferia de São Paulo uma Casa do Norte. Corria o ano de 1973 e o bairro era a Vila Medeiros, nas bordas da cidade com Guarulhos. Pernambucano de Mulungu, ele acabou transformando o empório em um misto de bar e restaurante cujo prato de resistência era a mocofava, um caldo substancioso mocotó e favas.

Sempre com um cigarro em punho, o patriarca tinha orgulho da sua coleção de cachaças que ficava em uma prateleira atrás do bar, famoso pelas caipirinhas. Eram mais de 1000 rótulos de todas as partes do Brasil. Ainda que tenha concordado com o desaparecimento desse acervo, ele me contou que  lamentou muito quando as garrafas sumiram na primeira grande reforma promovida no Mocotó.

Seu Zé tinha tudo para ser a personalidade gastronômica do ano por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER. Mas há alguns anos esse highlander andava com a saúde bastante debilitada, que o levou ao falecimento por causas naturais. Não tinha mais de condições ou paciência para enfrentar uma maratona de fotos ou uma longa premiação. Uma pena.

Fica a minha homenagem a esse homem que tanto contribuiu para dar a devida nobreza à culinária do sertão. Um homem discreto, por vezes um tanto ranzinza, e tão essencial para culinária nordestina.

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Seu Zé Almeida deixa os filhos Rodrigo e Patrícia, a nora Adriana, o genro Ricardo e sete netos. O velório será nesta segunda (3 ), das 7h às 12h, no Velório Salete, em Santana.

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