Esse tal prato do dia: virado à paulista
Na maioria dos restaurantes, o prato do dia virou uma opção mais em conta que o chef faz com ingredientes da temporada, em geral, mais baratos. É uma forma inteligente de renovar o cardápio cotidiano, para não cansar o paladar de quem bate cartão na hora do almoço em um mesmo lugar. Bem, até pouco […]
Na maioria dos restaurantes, o prato do dia virou uma opção mais em conta que o chef faz com ingredientes da temporada, em geral, mais baratos. É uma forma inteligente de renovar o cardápio cotidiano, para não cansar o paladar de quem bate cartão na hora do almoço em um mesmo lugar. Bem, até pouco tempo atrás não era assim. Os pratos do dia eram fixos. Funcionavam como um porto seguro para quem tinha preguiça de decidir o que iria comer. Terça, tinha dobradinha; quarta, invariavelmente até hoje, feijoada; quinta, macarronada ou rabada; sexta, filé de pescada ou bacalhau. Não, não esqueci da segunda-feira, quando entra em cartaz uma das opções mais saborosas do receituário brasileiro, o virado à paulista. Até hoje fico com água na boca quando penso no creme de feijão encorpado por farinha de mandioca ao lado do arroz soltinho, da couve cortada em fios, da bisteca de porco, do ovo de gema mole, da banana frita…
Saí pela cidade para encontrar boas opções de virado. De quatro restaurantes visitados, dois foram aprovados com louvor. Empatados na primeira posição estão as receitas do Dalva e Dito e do Casa da Fazenda do Morumbi. No Dalva e Dito, o creme de feijão do chef Alex Atala é levinho, delicioso. Aparece como uma mancha no prato. Com visual mais bonito, o virado do Casa da Fazenda é enriquecido por linguiça calabresa. Cada um deles custa R$ 42,00. Também vale a pena conferir a receita do Badaró (R$ 29,80), servida todos os dias e não só às segundas. Foi gongada a versão pesadona e muito, muuuito gordurosa do Senzala (R$ 34,00), oferecida às segundas e às quartas.