Espaço Kazu: delicatessen, restaurantes e adega de saquê
Distante da badalação gastronômica, a Liberdade passa por um momento de efervescência. Entre as novidades que anunciei em primeira mão no meu blog, está a inauguração do Ban, do mestre Masanobu Haraguchi, realizada na última quarta, 21 de setembro. Bem pertinho do novo izakaya (a taberna japonesa — abro parênteses para contar que conheci algumas […]
Distante da badalação gastronômica, a Liberdade passa por um momento de efervescência. Entre as novidades que anunciei em primeira mão no meu blog, está a inauguração do Ban, do mestre Masanobu Haraguchi, realizada na última quarta, 21 de setembro.
Bem pertinho do novo izakaya (a taberna japonesa — abro parênteses para contar que conheci algumas delas em Tóquio, das mais arrumadinhas àquelas simplíssimas montadas sob viadutos em bairros como Guinza e das quais se sai cheirando a defumado de espetinho de miúdos de frango), surgirá um novo restaurante. Ou melhor, um complexo culinário oriental. É o Espaço Kazu, que deve ficar pronto em 14 de outubro.
Como o nome denuncia, o Espaço Kazu tem ligação direta com o minúsculo e bem-sucedido Lamen Kazu, especializado em uma variedade de pratos de lámen ou rámen, como preferem os puristas, preparados com macarrão importado de Chiba, cidade próxima à capital japonesa. Há sempre filas na porta porque o restaurante tem apenas 110 metros quadros, 90 deles reservados para o salão em “L”.
Ambos pertencem ao grupo importador Yamato, dirigido por Kazuhiro Takagi, e ficam na mesma quadra da Rua Tomás Gonzaga. O Espaço Kazu ocupa o número 84/90 e tem 500 metros quadrados distribuídos por dois pavimentos.
Ali, a clientela encontrará um bufê de salada e pratos tradicionais japoneses em versão expressa no térreo. São pedidas como o katsu, ou milanesa feita de porco, carne bovina ou frango. E macarrão udon e uma máquina automática de missoshiru para autoatendimento. Nesse mesmo espaço, haverá ainda a delicatessen com produtos para levar para casa como doces típicos e bentô (marmita japonesa). Em vez de um sushiman, um robô, a exemplo de muitos que existem no Japão, se encarregará de fazer o shari ou arroz de sushi e preparar o bolinhos, que saem prontos e embalados em papel celofane.
O piso superior está reservado para um restaurante de curry ao estilo japonês, o karê raissu, um dos pratos mais consumidos no Japão. Dividirá espaço com a adega de saquê. Além provar do fermentado de arroz que os ingleses e americanos costumam chamar de vinho, os clientes poderão comprar as garrafas preferidas da bebida. Também haverá shochu, o destilado feito de arroz e outros vegetais, entre eles cevada e batata-doce. “Teremos 100 variedades de saquê e shochu na inauguração”, diz Mauricio Kanashiro, gerente do restaurante. “Nossa intenção é chegar a 400 rótulos.”
A orquestração da cozinha está nas mãos de Yuji Imagawa, de 56 anos. Nascido na cidade de Hakodate, região de Hokkaido, o chef trabalhou seis anos com Haraguchi-san, no Miyabi, de onde saiu para tocar o Lamen Kazu, três anos atrás.