Clandestina: chef Bel Coelho reabre restaurante Clandestino com novo nome
O endereço que deixou saudade ressurge com proposta mais informal no ponto do extinto ChefVivi, na Vila Madalena
Uma aura de mistério e curiosidade cercava o fim do caprichado ChefVivi, restaurante pelo qual Viviane Gonçalves recebeu de VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER os títulos de chef revelação (2012) e chef do ano (2019). Finalmente, é possível saber qual será o ocupante da charmosa casinha da Vila Madalena.
Quem arrematou o endereço foi Bel Coelho, a primeira chef revelação em 2004, sócia do Cuia Bar e Restaurante, que arrebenta de público no mesmo espaço da livraria Megafauna, ambos instalados no térreo do Edifício Copan, um dos cartões-postais do centro (um spoiler: um segundo Cuia está a caminho, provavelmente em Pinheiros).
“Fazia alguns anos que queria voltar com o Clandestino. Aí, a Vivi me falou que estava passando o ponto, mas a Vila Madalena nem estava nos meus planos. Começamos a negociar e mudei o conceito para Clandestina”, explica Bel. “Foram só dois meses de reforma porque o local tinha uma estrutura muito boa.”
É uma versão mais pop do Clandestino, restaurante que funcionou em diferentes endereços e era conhecido pelos excelentes menus degustação (ainda trago na memória os sabores dedicados aos orixás, como o bombom de sarapatel revestido de jabuticaba, para Nanã, e o robalo com areia de coco, geleia de rosas e pérolas de leite de coco e capim-santo, para Iemanjá).
Agora, a proposta é mais informal, com pedidas para compartilhar. “Continuo criando a partir das minhas pesquisas de produtos nativos, com 70% a 80% orgânicos e agroecológicos”, detalha. Além de se aproximar de pequenos produtores, outra preocupação é chegar ao lixo zero.
O cardápio Brasil sem fronteiras inclui o guioza de pato ao molho de tucupi e jambu, o tortelli de queijo quark Pé do Morro com cogumelos e molho de cebola tostada, o duo de repolho e acelga chinesa na brasa ao molho de missô de pupunha e castanha-de-caju, o pargo ao molho de vatapá com salada de erva-doce e farinha d’água e a barriga de porco com feijão-manteiguinha, paio, codeguim, tucupi e picles de maxixe.
Além da seleção de vinhos, há a carta de drinques da consultora Stephanie Marinkovic. O Clandestina, com 37 lugares, funciona em soft opening de terça (2) ao domingo (7), com desconto de 25% no total da conta. A inauguração oficial é no dia 9.
A conferir.
Clandestina
Rua Girassol, 833, Vila Madalena, tel. 97617-9154. Tem acessibilidade.
Publicado em VEJA São Paulo de 28 de junho de 2024, edição nº 2899
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